Cúpula de Solidariedade à Venezuela é resposta de Maduro às ameaças de Donald Trump

© REUTERS / Miraflores PalaceNicolás Maduro, presidente de Venezuela
Nicolás Maduro, presidente de Venezuela - Sputnik Brasil
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Neste final de semana, será realizada em Caracas a Cúpula de Solidariedade à Venezuela. Articulada no final de semana anterior, a reunião deverá representar para o Presidente Nicolás Maduro um autêntico teste de força, nas palavras do Professor de Relações Internacionais Rafael Araújo, especialista em História e Política da Venezuela.

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Professor do Instituto Unilasalle e autor de dois livros sobre o país – A História do Tempo Presente Venezuelana, de 1958 ao Século XXI (lançado em 2009) e A Era Chávez e a Venezuela no Tempo Presente (2015) – Rafael Araújo considera que o grande desafio que o Presidente Nicolás Maduro tem pela frente é descobrir com quem pode contar no cenário internacional e quem apóia o seu governo conforme declarou em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil.

"A intenção de Nicolás Maduro em promover a Cúpula de Solidariedade à Venezuela é angariar uma rede de apoio ao seu governo. Desde a instalação da Assembleia Constituinte em julho deste ano, Nicolás Maduro se viu isolado no cenário internacional, até mesmo por parte de governantes que seguem a sua doutrina bolivariana", disse o especialista.

Seja qual for o resultado do encontro deste sábado e domingo, 16 e 17 de setembro, ele resultará proveitoso para o líder da Venezuela, afirma Rafael Araújo.

"Nicolás Maduro articulou, com esta Cúpula de Solidariedade à Venezuela, uma grande propaganda em torno da sua figura. Ele pretende colher apoios e, de uma certa forma, terá algum suporte pois está convicto de que receberá diversas delegações, tanto das Américas quanto da Europa. Mas esta reunião não deixará de ser um verdadeiro teste de força para Nicolás Maduro", afirmou o interlocutor da Sputnik.

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Ainda de acordo com Rafael Araújo, a principal motivação de Maduro ao convocar esta reunião internacional é angariar solidariedade internacional contra as recentes ameaças de Donald Trump. Em 11 de agosto, o Presidente dos Estados Unidos afirmou que estava considerando todas as possibilidades contra a Venezuela, “inclusive a opção militar”. Desde então, o líder venezuelano só se refere a Trump como “o responsável pelas agressões do imperialismo estadunidense.”

Em parte, Nicolás Maduro já recebeu, na América Latina, solidariedade contra as ameaças de intervenção militar por parte de Donald Trump: os governos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia e México reagiram prontamente ao pronunciamento do Presidente dos Estados Unidos por considerar a hipótese inadmissível e conclamando o líder norte-americano a rever sua posição.

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