
Além disso, as eleições no país também não foram reconhecidas pelos EUA, Espanha e uma série de países sul-americanos – o México, a Argentina, a Colômbia e o Peru.
Lembramos que, no domingo (30), na Venezuela foram realizadas as eleições para a Assembleia Constituinte. Espera-se que a Assembleia Constituinte prepare alterações à Constituição. A convocação da Assembleia Constituinte foi declarada por Nicolás Maduro. A oposição venezuelana não reconhece os resultados das eleições, dizendo que essa convocação pode ser realizada apenas depois de um referendo.
O professor Viktor Jeifets, da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estatal de São Petersburgo e especialista em assuntos latino-americanos, comenta para o serviço russo da Rádio Sputnik a situação atual na Venezuela.
O especialista lembrou que os EUA também não estão contentes com o que está acontecendo no Equador e na Bolívia, mas os governos destes países, ao contrário da Venezuela, mostram melhores capacidades para dirigir a economia dos seus países."Eles [Equador e Bolívia] não dão motivos… Não há razões para pensar que nestes países são violados os direitos humanos. Por exemplo, no Equador o presidente não avançou para um terceiro mandato presidencial e cedeu seu lugar a outro candidato. Mas as autoridades da Venezuela dão elas próprias motivos para serem pressionadas. Os americanos aproveitam essa possibilidade", disse Jeifets.
Caso Nicolás Maduro não consiga encontrar uma linguagem comum com a oposição do país, a situação se vai agravar e pode se transformar em uma catástrofe. O especialista sublinha que não é só Maduro o culpado, por que a própria oposição também não mostra estar disposta a realizar um diálogo.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)