"Conforme os acordos entre os países da América Latina, nenhuma aeronave britânica de uso militar com rumo às Malvinas, pode pousar na região. Desconfiamos da versão com a qual eles [brasileiros] querem justificar esses pousos com algum tipo de avaria, já que se há uma sistematização nos últimos tempos", disse Alonso.
A Direção Nacional de Controle de Tráfego Aéreo da Argentina informou a chancelaria do país que, durante 2016, foram detectados, pelo menos, seis voos de aeronaves que partiram de aeroportos brasileiros e aterrissaram na base militar de Monte Agradable, nas Malvinas.
"Isso tem que ver com as mudanças de política tanto na Argentina com [Mauricio] Macri, como com [Michel] Temer no Brasil, onde se optou por um alinhamento favorável aos interesses de potências extracontinentais, neste caso, a Grã-Bretanha, e também com os EUA", afirmou Ernesto Alonso.
"Há uma reviravolta de 180 graus, com o que havia sido construído nos últimos anos em relação à disputa e à discussão de Malvinas e os territórios ocupados desde 1833, onde se havia chegado a um apoio global à soberania argentina", disse Alonso.
Para Alonso, a militarização constante do Atlântico Sul produz riscos que são uma "ameaça para a região".
"É muito irregular que apareçam estes voos que de forma clandestina usam o Brasil como ponto de apoio. Infelizmente, as Malvinas hoje em dia são o território mais militarizado do mundo, onde há 3.000 civis e cerca de 1.500 militares vivendo nas ilhas", concluiu Ernesto Alonso seu comentário para a Sputnik Mundo.
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