Secretário-geral da OTAN avisa sobre consequências da renúncia dos EUA à aliança

© REUTERS / Jonathan ErnstEmblema da OTAN no Palácio Presidencial em Varsóvia
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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, fez um apelo ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, nas páginas do jornal britânico The Guardian.

"Estamos diante de um dos maiores desafios de toda uma geração para a nossa segurança. Agora não é hora de questionar o valor da parceria entre a Europa e os Estados Unidos", disse Stoltenberg.

Durante a campanha eleitoral, Trump chamou a OTAN de "organização obsoleta" e apontou aos países europeus a necessidade de cumprirem as suas obrigações financeiras para com a aliança, ou seja, de aumentarem as despesas militares. Depois destas declarações, nos EUA surgiu a opinião de que Trump encara a aliança de modo cético.

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"A OTAN usou o artigo sobre a autodefesa (artigo 5 dos Estatutos da Organização sobre a ajuda de aliados em caso de um ataque contra um dos membros da aliança) apenas uma vez, apoiando os EUA após os ataques de 11 de setembro de 2001. E não foi só um apoio simbólico. A OTAN assumiu a operação no Afeganistão onde combateram dezenas de milhares de soldados. Mais de mil soldados pagaram o mais alto preço na operação, que se tornou uma resposta direta a um ataque contra os Estados Unidos", disse o secretário-geral citado pelo The Guardian.

Segundo ele, nos últimos anos, a situação de segurança "piorou dramaticamente" devido à ação da Rússia e à instabilidade no Oriente Médio e no Norte de África. A resposta a esses desafios foi o maior aumento da segurança coletiva desde a Guerra Fria, nisso os EUA reafirmaram seu compromisso de proteger a segurança europeia, colocando novas unidades armadas no leste do continente, destacou Stoltenberg.

O secretário-geral da aliança admitiu que a força da parceria depende da equidade de distribuição de responsabilidades entre os membros da OTAN.

"Hoje em dia, os EUA respondem por quase 70% dos custos militares da aliança e os seus apelos à distribuição mais justa dos encargos são justificados", acrescentou Jens Stoltenberg.

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