Poderá próximo presidente americano fazer o que Pentágono e Obama não conseguiram?

© flickr.com / Michael BairdPentágono, sede do Departamento da Defesa norte-americano
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O chanceler russo Sergei Lavrov e o secretário de Estado John Kerry, durante suas negociações, encontraram por diversas vezes pontos de contato em relação à Síria.

Mas logo que Kerry começava atuando, de Washington chegavam várias correções, explicou Konstantin Kosachev, presidente do Comitê Internacional do Conselho da Federação.

A Sputnik Japão falou com o cientista político e comentarista do jornal russo Ekspert, Gevorg Mirzoyan:

"Tudo se explica pelo fato do Pentágono considerar Obama como um líder fraco, achando que ele não é capaz de tomar decisões difíceis, e como resultado disso ele sempre cede. O Pentágono já há muito tempo que exige de Obama o começo da guerra na Síria, enquanto os políticos se dão conta da gravidade das consequências disso."

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O especialista frisa que hoje em dia o Pentágono sente que Obama está fragilizado e não pode decidir nada, por isso tenta fazer algo atrás das suas costas. Há certas divergências no círculo de Obama, portanto não faz sentido negociar com a atual administração americana. A Rússia compreende que na realidade de hoje os americanos não podem cumprir compromissos.

A possibilidade de retomar o diálogo será possível apenas quando for eleita a nova administração da Casa Branca.

"Seja Clinton ou Trump, para a Rússia não faz muita diferença. O importante é que virão pessoas novas que vão, não apenas tomar decisões, mas também aplicá-las", diz o analista.

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Contudo, ele destaca que não é preciso demonizar a imagem de Hillary Clinton, porque ela bem pode mudar seu ponto de vista para um mais adequado. Com a alteração da liderança, também o Pentágono pode mudar sua posição belicista, então será muito mais fácil voltar a negociar.

Apesar de tudo, a Rússia e os EUA ainda têm interesses comuns na Síria: acabar com a guerra civil, claro que cada um tem suas condições para apresentar, mas uma coisa é clara: é que nem russos, nem americanos querem se profundamente envolver na guerra síria, conclui Gevorg Mirzoyan.

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