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De 'ponto de virada' a 'tanque chacota': EUA ordenam que Abrams seja removido da linha de frente

© AFP 2023 / Christof StacheUm soldado dos EUA monta em um tanque M1A2 Abrams do Exército dos EUA durante o exercício Combined Resolve 18 na área de treinamento de Hohenfels, sul da Alemanha, em 11 de maio de 2023
Um soldado dos EUA monta em um tanque M1A2 Abrams do Exército dos EUA durante o exercício Combined Resolve 18 na área de treinamento de Hohenfels, sul da Alemanha, em 11 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 30.04.2024
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Os Abrams, aqueles que foram chamados de "imbatíveis" e "divisores de águas" do conflito, ao custo de US$ 10 milhões cada, acabaram derrotados por drones de US$ 500. Para analista, falta de "nova doutrina de camadas" ucraniana no uso dos tanques também colaborou para o fracasso no campo de batalha.
A vulnerabilidade dos tanques Abrams M1A1, cujo preço chega a US$ 10 milhões (R$ 51,7 milhões) cada, finalmente encontrou o seu lugar no conflito na Ucrânia: escondidos na retaguarda, fora do campo de visão de drones de US$ 500 dólares (R$ 2,58 mil), que até agora abateram sete deles, incluindo um tanque de desminagem.
Tal fato foi confirmado por responsáveis ​​militares dos Estados Unidos à agência Associated Press (AP), a qual detalhou que "o campo de batalha mudou substancialmente".
Os tanques foram transferidos para fora das linhas de frente, onde especialistas norte-americanos trabalharão com os ucranianos para redefinir as táticas, segundo duas autoridades citadas pela mídia.
De acordo com o diretor do Instituto Espanhol de Geopolítica, Juan Aguilar, "há uma coisa que a AP não tem muito conhecimento do assunto, é [quando diz] que o campo de batalha mudou. Vejamos, sim, os campos de batalha mudam: surgem novos sistemas de armas e isso logicamente obriga a adaptar-se. Mas os russos estão usando tanques, e os ucranianos também: tanques soviéticos", explicou.
"O que aconteceu aqui é que os tanques ocidentais muito caros e 'muito preciosos', e estamos nos referindo aos Leopard alemães, aos Challenger britânicos e aos Abrams norte-americanos. [Eles] foram lançados para a linha de frente, para a batalha, sem seguir a doutrina, não a doutrina do novo campo de batalha, [mas] a das unidades blindadas que tem sido clássica praticamente desde a Segunda Guerra Mundial", analisou Aguilar.
Em sua visão, "não é possível lançar unidades blindadas sem ter uma doutrina de operações que seja uma ofensiva em camadas".
"Ou seja, você tem os tanques no solo, mas precisa ter helicópteros de ataque e a aviação na próxima camada. Além disso, é necessário ter artilharia de proteção, unidades de defesa aérea e um sistema de guerra eletrônica usando drones."
No entanto, "nada disso foi enviado", diz o analista, e por consequência "o resultado é que tanques muito caros, como o Leopard, Challenger e o Abrams, foram destruídos no campo de batalha com absoluta facilidade", explicou.
Nesta terça-feira (30), o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que seis mísseis tático-operacionais ATACMS e duas bombas guiadas Hammer de fabricação francesa, foram abatidos pelas forças russas, conforme noticiado.

"Os Abrams deram resultados ainda piores do que os Leopard alemães: assim que colocaram o nariz na linha de frente, começaram a ser destruídos. Os Challanger, assim que os destruíram, tiraram-nos do caminho. Os Abrams lançaram um esquadrão, suponho que uns dez, seguindo os padrões da OTAN. Já [foram] destruídos sete deles, e [do] Leopard ainda restam 50% dos que foram enviados […]. É um desastre completo", disse o especialista.

Aguilar sublinha que "se a isso somarmos o descrédito que estes sistemas de armas têm devido à sua baixa rentabilidade na linha da frente, logicamente os verdadeiros proprietários destes tanques, que são os países da OTAN, decidem retirá-los, e retiram-nos".
Em uma entrevista ao canal do jornal Die Welt na segunda-feira (29), o jornalista Christoph Wanner disse que as Forças Armadas ucranianas estão se recusando a usar tanques Abrams fabricados nos EUA devido às expectativas superestimadas.
Um tanque Abrams destruído perto de Avdeevka - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2024
Operação militar especial russa
Exército ucraniano retira tanques Abrams do front devido a expectativas muito altas, diz mídia
Wanner, assim como Aguilar, observou que o uso dos tanques é dificultado pelos drones com visão em primeira pessoa e kamikaze operados pelas Forças Armadas russas. Portanto, as expectativas ucranianas e norte-americanas enfrentaram uma dura realidade: drones russos baratos podem facilmente transformar caros tanques ocidentais em sucata.
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