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EUA alocam dinheiro para Kiev apenas 'para salvar sua reputação' e isto não muda nada, diz analista

© AP Photo / Andrew HarnikO presidente Joe Biden fala durante uma entrevista coletiva com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky na Sala Leste da Casa Branca em Washington, 21 de dezembro de 2022
O presidente Joe Biden fala durante uma entrevista coletiva com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky na Sala Leste da Casa Branca em Washington, 21 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2024
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A maior parte do dinheiro projetado na nova lei de defesa nacional que contém assistência a Kiev ficaria nos Estados Unidos, disse o cineasta Regis Tremblay à Sputnik. Na sua opinião, a atual política antirrussa do presidente dos EUA, Joe Biden, apenas procura fortalecer a sua posição nas próximas eleições.
Segundo cineasta Regis Tremblay, que atualmente reside na Crimeia, a resposta da opinião pública russa à aprovação pelos EUA da lei de defesa nacional que prevê, entre outras coisas, milhões de dólares em assistência a Kiev, tem sido muito mais discreta do que no país da América do Norte.
A lei de ajuda à Ucrânia, a Israel e ao Indo-Pacífico gerou uma controvérsia significativa. A maioria dos legisladores do Partido Democrata, agora totalmente ligados aos interesses do complexo militar-industrial nacional, votou a favor do financiamento, enquanto o Partido Republicano permanece fortemente dividido sobre a questão. Assim, alguns conservadores propuseram a remoção do presidente da Câmara, Mike Johnson, do cargo por apoiar gastos massivos.
"Aqueles que prestam atenção [à lei de ajuda aprovada] sabem que a maior parte desses US$ 61 bilhões [cerca de R$ 315,7 bilhões] nunca chegará à Ucrânia. Eles sabem que acabarão no complexo militar-industrial dos EUA para reabastecer os arsenais dos EUA. E agora? Quanto é que vai chegar à Ucrânia? Bem, acho que as pessoas podem ter certeza de que parte desse dinheiro vai acabar nos bolsos do [presidente ucraniano Vladimir] Zelensky e de seus comparsas", enfatizou Tremblay.
O pouco que acabará por ser atribuído a Kiev e às suas Forças Armadas não mudará a situação no front, sublinhou ele. Em sua opinião, a atual política do presidente dos EUA, Joe Biden, procura criar uma imagem forte do presidente que se esforça para "vencer esta guerra contra a Rússia".
"É tudo fanfarronice, tudo foi pensado para garantir que Joseph Biden continue a ser um candidato viável nas próximas eleições", sublinhou.
Vladimir Zelensky (à esquerda), presidente da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2024
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Quanto ao desenvolvimento do conflito ucraniano, Tremblay acredita que "esta guerra basicamente acabou". Ele observou que atualmente não há verba ou armas que possa ser despejada na Ucrânia para ajudá-la a vencer. Ao mesmo tempo, a única coisa que poderá criar "um verdadeiro problema para o mundo" é se os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) decidirem enviar as suas tropas para lá, o que foi levantado em discursos do presidente da França, Emmanuel Macron, e de vários outros líderes.
"A outra parte é que o dinheiro [projetado na lei de ajuda] é realmente insignificante quando se trata das necessidades da Ucrânia. Os sistemas de defesa aérea Patriot custam bilhões de dólares. Não sei quem nos EUA quer enviar mais Patriot para a Ucrânia que vai ser destruído, penso que os EUA estão a enviar este dinheiro apenas para não perderem reputação e respeito."
Tremblay chamou a atenção para o fato de o mundo estar se tornando multipolar. Neste contexto, destacou o papel do grupo BRICS, da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e da Iniciativa Cinturão e Rota que impulsionam o processo.
"Esta situação se tornou mais perigosa e imprevisível devido à relutância dos EUA em aceitar o seu legítimo lugar na ordem mundial como um entre iguais", comentou.
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