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Apesar da ênfase em laços 'mutuamente benéficos', diplomacia do Japão emite sinais duplos à China

CC BY 2.0 / Flickr / Thomas Classen / Bandeiras do Japão e da China (imagem referencial)
Bandeiras do Japão e da China (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 21.04.2024
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O Japão divulgou um relatório anual em que enfatiza a busca por laços "mutuamente benéficos" com a China, mas também culpa Pequim pela situação de segurança "severa e complexa" na região da Ásia-Pacífico.
De acordo com observadores que falaram ao South China Morning Post (SCMP), o Japão está enviando sinais ambíguos e contraditórios sobre a China.
Após a publicação de seu relatório anual oficial sobre política externa, o Diplomatic Blue Book (Livro Azul Diplomático), Tóquio se comprometeu a perseguir uma "relação mutuamente benéfica baseada no interesse estratégico comum" ao mesmo tempo em que sinaliza a responsabilidade chinesa na instabilidade no mar do Sul da China.

"O envolvimento e o diálogo são úteis mesmo que não haja acordo. O fato de o lado japonês estar ampliando essa possibilidade é positivo", disse Chong Ja Ian, professor associado de ciência política na Universidade Nacional de Cingapura. "Se [a China] vai retribuir é algo a se observar", afirmou o acadêmico.

Mas as críticas severas dirigidas à China, incluindo acusações de que os desafios de segurança do Japão são, em grande medida, apresentados por Pequim, sugerem que os sinais de Tóquio são ambíguos ou contraditórios.
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"Restabelecer as relações estratégicas mutuamente benéficas após cinco anos é suposto ser uma coisa boa, mas a menção consistente da 'ameaça da China' eliminou o efeito positivo trazido pela reintrodução dos elementos cooperativos nos laços bilaterais", disse Zhang Yun, professor associado de relações internacionais na Universidade Niigata do Japão.
Em um discurso ao Congresso dos EUA no início deste mês, o premiê japonês, Fumio Kishida, disse que "as ações militares da China apresentam um desafio estratégico sem precedentes e o maior" não só para o Japão, mas para o mundo em geral. "A Ucrânia de hoje pode ser o Leste Asiático de amanhã", disse Kishida.
Pequim expressou na terça-feira (16) sua "firme objeção" ao Livro Azul japonês, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, dizendo que o Japão "recorreu às mesmas velhas acusações falsas contra a China e ao exagero da 'ameaça chinesa'".
Ainda de acordo com a apuração do SCMP, os sinais construtivos são bem-vindos, mas precisam ser acompanhados de ações concretas que não enalteçam a rivalidade regional.
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