Após rara reunião de defesa EUA-China, ELP escolta avião espião americano no estreito de Taiwan

A Força Aérea da China escoltou uma aeronave de reconhecimento P-8A Poseidon dos Estados Unidos sobre o estreito de Taiwan, informou o Exército de Libertação Popular (ELP) do país asiático.

A ação acontece um dia depois de os chefes de defesa dos EUA e da China terem mantido os seus primeiros diálogos desde novembro de 2022, em um esforço para reduzir as tensões regionais.

"O Comando do Teatro Oriental do ELP organizou caças para acompanhar e observar o voo do avião norte-americano, de acordo com a lei e as regras. As tropas do teatro estão sempre em alerta máximo para assegurar resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais", disse um comunicado do ELP em sua página oficial no WeChat.

Do lado estadunidense, a 7ª Frota dos EUA disse em uma nota que "ao operar dentro do estreito de Taiwan de acordo com o direito internacional, os Estados Unidos defendem os direitos e liberdades de navegação de todas as nações".

O estreito crítico tem 160 quilômetros de largura e separa a China da ilha de Taiwan. Pequim considera a passagem de aeronaves e navios militares estrangeiros pelo estreito desafio à sua soberania.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou com seu homólogo chinês, o almirante Dong Jun, na terça-feira (15), no mais recente esforço para melhorar as comunicações com os militares chineses e reduzir as chances de um confronto na região.

Foi a primeira vez que Austin conversou com Dong e a primeira vez que ele conversou longamente com qualquer homólogo chinês desde novembro de 2022, relata a AP News. A ligação, que durou pouco mais de uma hora, ocorreu no momento em que se espera que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, faça uma viagem à China este mês para negociações.

Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.

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