Venezuela exigirá na cúpula da CELAC que Equador entregue o ex-vice-presidente Jorge Glas ao México

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que seu governo exigirá, nesta terça-feira (16), na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que o Equador liberte e garanta o retorno ao México do ex-vice-presidente Jorge Glas, após a invasão e prisão de Glas na embaixada mexicana em Quito.

"A Venezuela exigirá que o governo do Equador devolva o ex-vice-presidente Jorge Glas ao México, que lhe seja concedido asilo político e que ele retorne ao México para se recuperar fisicamente, para recuperar sua saúde. É o que diz o direito internacional", disse Maduro durante seu programa Com Maduro+.

Maduro explicou que a cúpula foi convocada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro.

"A presidente de Honduras e presidente da CELAC, Xiomara Castro, convocou uma cúpula presidencial que acontecerá às 09h00 da manhã, horário de Honduras, e às 11h00 da manhã, horário da Venezuela [12h00, em Brasília], haverá um debate", comentou.

O presidente reiterou que o ataque à embaixada mexicana em Quito contou com o apoio dos Estados Unidos.

"Eles não tomam uma decisão, [Daniel] Noboa, sem consultar a embaixada norte-americana, fique tranquilo que a barbárie que Noboa cometeu de agredir violentamente, de forma fascista, a embaixada mexicana teve o apoio do governo dos Estados Unidos, do Comando Sul, do Departamento de Estado, ninguém tem dúvidas disso", indicou.

O ex-vice-presidente Jorge Glas foi preso pela polícia após se refugiar na sede diplomática mexicana em Quito devido a acusações de corrupção na sua administração.

O México concedeu asilo político solicitado por Glas, um dia depois de o Equador ter declarado a embaixadora mexicana, Raquel Serur Smeke, persona non grata pelas declarações do presidente, Andrés Manuel López Obrador, sobre o processo eleitoral equatoriano em 2023.

A administração de López Obrador, em resposta à ação policial do Equador na embaixada de seu país, rompeu as relações diplomáticas e instruiu a retirada de seu pessoal diplomático do país sul-americano.

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