Portugal chama embaixador do Irã e exige libertação de navio: 'Motivo da captura não é consistente'

O Ministério das Relações Exteriores de Portugal convocou o embaixador iraniano nesta terça-feira (16) para condenar o ataque a Israel por Teerã, ao mesmo tempo que exigiu a libertação imediata do MSC Aries, apreendido em 13 de abril.

Em uma nota divulgada hoje (16), a chancelaria portuguesa indica que "o embaixador da República Islâmica do Irã [Majid Tafreshi] foi chamado ao Ministério das Relações Exteriores esta manhã, 16 de abril".

"A reunião, mantida com o diretor-geral de Política Externa, permitiu reiterar de forma veemente e categórica a condenação do recente ataque realizado contra o Estado de Israel. O governo português manifestou sua profunda preocupação com a escalada do conflito na região, apelando à máxima contenção. O encontro permitiu ainda renovar a exigência da libertação imediata do navio MSC Aries, apresado no estreito de Ormuz, à luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira", diz o comunicado do MRE.

Na nota, Lisboa ainda exige a libertação da tripulação, a qual deve ser bem tratada, visto que o motivo da apreensão do navio "não é consistente".

"Foi igualmente exigida a libertação da tripulação, que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado, dado não se considerarem consistentes as explicações até agora fornecidas."

No último sábado (13), a Marinha do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) apreendeu um porta-contêiner com bandeira de Portugal associado à Zodiac Maritime, com sede em Londres. A Zodiac Maritime faz parte do Zodiac Group, que pertence ao bilionário israelense Eyal Ofer.

Teerã disse na segunda-feira (15) que o IRGC apreendeu o navio no estreito de Ormuz por "violar as leis marítimas".

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