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Tensão no Oriente Médio reacende crise de refugiados; Chipre suspende pedidos de asilo para sírios

© AP Photo / Bilal HusseinFamília síria sentada em frente à sua tenda em um campo de refugiados na cidade de Bar Elias, no Vale do Bekaa, no Líbano, em 13 de junho de 2023
Família síria sentada em frente à sua tenda em um campo de refugiados na cidade de Bar Elias, no Vale do Bekaa, no Líbano, em 13 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2024
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Fluxo de refugiados que chegaram ao Chipre nos primeiros três meses deste ano em busca de asilo subiu para 2 mil, muito acima dos 78 pedidos registrados no mesmo período de 2023.
O governo do Chipre suspendeu o processo de concessão de asilo a refugiados sírios após um acentuado aumento no número de pessoas chegando ao país nos últimos meses.
Segundo noticiou a emissora Al Jazeera, citando autoridades cipriotas, mais de mil pessoas em busca de asilo chegaram ao país, em meio à escalada de tensão no Oriente Médio. O país registrou mais de 2 mil chegadas de refugiados em busca de asilo por via marítima nos primeiros três meses deste ano, um aumento significativo em relação aos 78 pedidos registrados no mesmo período de 2023.
O Chipre é o país mais oriental da União Europeia (UE), e o recrudescimento da onda de refugiados, provenientes sobretudo da Síria, que chegam ao país através do Líbano, soaram os alertas no Chipre e em seus parceiros da União Europeia para aumentar a ajuda ao Líbano, bem como reconsiderar a situação da Síria, que devastada pela guerra é considerada inadequada para repatriar os cidadãos que deixaram o país em busca de asilo.

"Esta [suspensão das concessões de asilo] é uma medida de emergência, é uma decisão difícil para proteger os interesses de Chipre", disse o presidente do Chipre, Nikos Christodoulides, a jornalistas.

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Na prática, a medida tomada pelo Chipre significa que os requerentes de asilo que chegarem ao país ficarão confinados em dois campos de acolhimento, que oferecem comida e abrigo, sem qualquer outro tipo de auxílio. Segundo informou o governo cipriota, aqueles que optarem por deixar essas instalações perderão automaticamente qualquer tipo de benefício e não poderão trabalhar.
Christodoulides visitou o Líbano na semana passada e está dialogando com a Comissão Europeia sobre como Bruxelas poderia ajudar o Líbano a travar o fluxo de refugiados provenientes de países do Oriente Médio que usam o país como rota para a Europa.
O Líbano, que enfrenta uma grave crise econômica desde 2019, acolhe cerca de 805 mil refugiados sírios registrados nas Nações Unidas (ONU), dos quais 90% vivem na pobreza, segundo a organização.
As autoridades libanesas estimam que o número real seja muito maior, variando entre 1,5 e 2 milhões. Muitos escaparam à guerra civil na Síria, que entrou em seu 14º ano.
O ministro do Interior cipriota, Constantinos Ioannou, visitou na semana passada a Dinamarca, a República Tcheca e a Grécia para angariar apoio para um esforço para que a UE declare partes da Síria como seguras, viabilizando a repatriação dos refugiados sírios.
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