Senador pressiona chefe do Pentágono sobre quanto mais dinheiro EUA vão gastar na Ucrânia

O senador norte-americano Eric Schmitt pressionou nesta terça-feira (9) o secretário de Defesa Lloyd Austin sobre a totalidade dos fundos que o líder da Casa Branca Joe Biden planeja ainda gastar no apoio à Ucrânia, em um conflito para o qual não articulou objetivos claros.

"Não há dinheiro [para a Ucrânia], então eu só posso assumir uma de três coisas. Uma é que a guerra acabou. Segunda ou B é que os EUA não vão alocar mais dinheiro ou, C, que este é um pedido [suplementar] desonesto. Desconfio que a questão é: vamos […] obter mais dinheiro suplementar porque os membros deste comitê foram informados de que pode haver outro pedido de US$ 100 bilhões [R$ 501 bilhões]? Estou apenas tentando entender a totalidade do pedido feito ao povo americano para esta guerra", disse Schmitt durante uma audiência do Comitê de Serviços Armados do Senado.

Em fevereiro, o Senado aprovou um projeto para ajuda externa de US$ 95 bilhões (R$ 476 bilhões), que inclui cerca de US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões) para a Ucrânia, mas o decreto foi retido na Câmara dos Representantes por seu presidente Mike Johnson, que priorizou trabalhar na legislação orçamentária e explorar outras maneiras para financiar a Ucrânia.

Austin confirmou a Schmitt, no entanto, que o pedido suplementar, que ainda não foi votado na Câmara, permitirá financiamento adicional para as necessidades relacionadas à Ucrânia apenas até o final deste ano fiscal (30 de setembro), significando que haverá necessidade de um outro pacote suplementar após essa data.

O chefe do Pentágono também concordou com o senador que é improvável que o conflito termine em 30 de setembro, o que significa essencialmente que o pacote de ajuda pendente para a Ucrânia obviamente não será o último.

Schmitt enfatizou que os legisladores dos EUA estão céticos sobre o pacote suplementar de US$ 60 bilhões para Kiev, porque não há um controle adequado sobre como o dinheiro está sendo gasto pela Ucrânia.

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