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G7 quer comprometer 2% do PIB de seus membros para gastar US$ 10 trilhões em armamento, diz mídia

© AP Photo / Czarek SokolowskiAs tropas dos EUA, parte de uma missão da OTAN para melhorar a defesa da Polônia, se preparam para uma cerimônia oficial de boas-vindas em Orzysz, nordeste da Polônia, 13 de abril de 2017
As tropas dos EUA, parte de uma missão da OTAN para melhorar a defesa da Polônia, se preparam para uma cerimônia oficial de boas-vindas em Orzysz, nordeste da Polônia, 13 de abril de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 09.04.2024
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Os EUA e os seus aliados estão apenas começando a aceitar o enorme aumento nas despesas de defesa para confrontar as forças armadas da Rússia e da China em uma tentativa de justificar sua narrativa de que Pequim e Moscou representam ameaças reais.
De acordo com a Bloomberg, uma nova era de rearmamento global está ganhando ritmo com custos cada vez mais elevados e decisões difíceis para os governos ocidentais que já se debatem com finanças públicas instáveis.
Mesmo com o gasto recorde de US$ 2,2 trilhões (cerca de R$ 11,02 trilhões) no ano passado, os países da União Europeia (UE) apenas começaram a considerar o que os EUA já desenharam em sua estratégia de segurança como sendo seus maiores desafios: Rússia e China.
Enquanto as economias ocidentais têm se debatido para manter suas obrigações institucionais pós-combate à COVID-19, ante a crise dos meios de produção, e os reflexos de suas sanções unilaterais contra a Rússia pela crise ucraniana que impactaram diretamente os preços da energia, os líderes políticos têm saudado seu progresso em direção aos objetivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de reservar 2% do seu produto interno bruto (PIB) para a defesa.
Se os EUA e os seus aliados do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) atingissem esses níveis, isso equivaleria a mais de US$ 10 trilhões (aproximadamente R$ 50 trilhões) em compromissos adicionais ao longo da próxima década, de acordo com cálculos da apuração.
Os aliados ocidentais têm argumentado que os ganhos russos na Ucrânia, bem como o aumento da projeção chinesa sobre a Ásia-Pacífico associada à sua vontade de reunificação pacífica de Taiwan "representam ameaças concomitantes que estimulam sua corrida armamentista", algo que tanto Pequim quanto Moscou já negaram repetidamente, lembrando que são os EUA e seus aliados que têm tomado atitudes que perturbam a paz global.
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Como consequência de seu investimento militar, os líderes ocidentais estão tendo de encarar de frente problemas relacionados com impostos, segurança social e empréstimos governamentais que têm se acumulado há anos.
"Não prevejo uma crise fiscal desencadeada por elevados gastos com defesa", disse Simon Johnson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que anteriormente foi economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Mas me preocupo com uma crise de segurança nacional causada pela incapacidade de defender o seu país", pontuou Johnson à Bloomberg.
O novo paradigma fiscal, no entanto, poderia afetar as maiores economias no mundo se elas decidissem aumentar o investimento em defesa mediante ao baixo desempenho econômico e a altos custos de empréstimo considerando as ainda elevadas taxas de juros.
Embora os conflitos na Ucrânia e em Gaza tenham concentrado a atenção na Europa e no Oriente Médio, o aumento dos orçamentos militares é um fenômeno global estimulado em grande parte pelas narrativas ocidentais. A grande questão que se apresenta agora é se um mundo remilitarizado poderá conciliar tais compromissos com receitas fiscais limitadas, um envelhecimento exponencial das populações, custos de qualidade de vida aumentados e cadeias de produção cada vez mais custosas.
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