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São Paulo: governo abre processo para investigar Enel após apagões e pode cancelar concessão

© Foto / Rovena Rosa / Agência BrasilEstabelecimento sem fornecimento de energia elétrica em região central. São Paulo, 1º de abril de 2024
Estabelecimento sem fornecimento de energia elétrica em região central. São Paulo, 1º de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2024
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A medida pode ser tomada por conta do desempenho ruim na distribuição de energia elétrica em São Paulo. Só em março moradores do centro da capital paulista ficaram quatro dias sem o serviço, o que afetou até os hospitais. Já no fim do ano passado, registros apontam consumidores que enfrentaram uma semana sem luz após fortes chuvas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou nesta segunda-feira (1º) a abertura de um processo administrativo para investigar a Enel. Desde o início da concessão, quando a empresa adquiriu o controle da Eletropaulo em 2018, já foram aplicados mais de R$ 300 milhões em multas, a maioria ainda não pagas por conta de recursos.
Além de São Paulo, onde atende 7,5 milhões de clientes em 24 municípios do estado, a Enel atua na distribuição de energia elétrica no Rio de Janeiro e no Ceará. Conforme Silveira, o objetivo da investigação é "averiguar falhas e transgressões na concessionária em relação às suas obrigações contratuais e prestação de serviço".

"O processo será feito com maior rigor, garantindo a ampla defesa, podendo acarretar, inclusive, a caducidade. Trabalhamos com afinco para garantir à população a qualidade dos serviços de energia", explicou o ministro nas redes sociais.

A apuração será realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por fiscalizar as companhias do setor. No ofício enviado à entidade, a pasta cita ainda o tempo médio de restabelecimento do serviço em eventos climáticos que, por exemplo, é pior do que a média das demais distribuidoras que atuam no estado paulista. A empresa ainda não se pronunciou sobre a situação.
Caso sejam constatadas as irregularidades, o contrato pode ser cancelado pelo Ministério de Minas e Energia. Em entrevista ao UOL nesta segunda, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu a decisão da pasta e alertou para o risco de colapso no sistema elétrico da maior cidade do país em até três anos, enquanto a empresa declarou ter realizado investimentos de mais de R$ 8,3 bilhões desde o início do contrato de concessão.
Torres de energia elétrica em São José dos Campos. São Paulo, 5 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.11.2023
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Prefeitura de São Paulo pede cancelamento de contrato com Enel; companhia não descarta novo apagão

Clientes indenizados

No fim de março, a Justiça de São Paulo chegou a condenar a Enel a indenizar clientes que ficaram longos períodos sem o fornecimento de energia elétrica em novembro de 2023 na Região Metropolitana de São Paulo.
Na ocasião, foram cerca de 2,1 milhões de clientes afetados, e a companhia foi multada em R$ 165,8 milhões pela Aneel por prestar serviços de forma inadequada. Na ocasião, as equipes de manutenção foram acionadas de forma total só três dias após o temporal que provocou a derrubada de diversas árvores.
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