Novo governo palestino apresenta equipe de ministros ao presidente Abbas em meio a conflito em Gaza

Na última quinta-feira (4), o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, aprovou a composição do novo governo em meio à guerra na Faixa de Gaza. O recém-nomeado primeiro-ministro Mohammed Mustafa apresentou a Abbas a nova equipe de ministros e o programa de trabalho.

"Neste domingo [31], o décimo nono governo palestino, liderado por Mohammed Mustafa, prestou juramento perante o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, no quartel-general presidencial em Ramallah [na Cisjordânia]", relatou a agência WAFA.

O novo primeiro-ministro, além de liderar o gabinete, ocupará o cargo de ministro das Relações Exteriores da Palestina, substituindo o veterano chefe da diplomacia palestina, Riyad al-Maliki.

Após a prestação de juramento do novo gabinete, o presidente Mahmoud Abbas declarou que os poderes do governo se estendem aos territórios da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, que já registrou quase 33 mil mortos por conta do conflito entre Israel e Hamas.

Entre as tarefas do novo governo, segundo Abbas, está a preparação para as eleições parlamentares e presidenciais no território palestino.

Nomeação do novo governo

Em março, Abbas nomeou por decreto Mohammed Mustafa como novo primeiro-ministro da Autoridade Palestina, com a incumbência de formar um governo. Anteriormente, Mustafa ocupava o cargo de presidente do Fundo de Investimento da Palestina.

Isso após o então primeiro-ministro Mohammed Shtayyeh apresentar em fevereiro a Abbas um pedido de renúncia do governo. A decisão foi tomada por conta das negociações em andamento entre facções palestinas, incluindo o movimento Hamas, com o objetivo de formar um novo governo palestino unificado. Abbas aceitou a renúncia de Shtayyeh e passou a exercer as funções de primeiro-ministro até a formação de um novo gabinete.

A mudança ainda acontece diante de uma nova escalada do conflito, após o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu anunciar os planos operacionais para uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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