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Plano da Rússia para criar bolsa de grãos do BRICS será 'um choque no mercado mundial', diz mídia

© Sputnik / Vitaly TimkivUm trabalhador prepara um veículo agrícola para semear sementes de girassol nos campos da empresa agrícola Progress Argo, na região de Krasnodar, na Rússia
Um trabalhador prepara um veículo agrícola para semear sementes de girassol nos campos da empresa agrícola Progress Argo, na região de Krasnodar, na Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 30.03.2024
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A Rússia planeja abrir uma bolsa de cereais do BRICS, o que será um choque para o mercado agrícola mundial, escreve o jornal The South China Morning Post.
Uma bolsa de cereais do BRICS uniria os maiores compradores e exportadores de cereais do mundo. Em 2023, os países membros do bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) representavam cerca de 42% da produção mundial e 40% do consumo de cereais, segundo o Ministério da Agricultura russo.
A medida reforçará a influência de Moscou como principal fornecedor de cereais, melhorará a segurança alimentar do bloco e atingirá os exportadores ocidentais, dos Estados Unidos à Austrália, diz o jornal.
O presidente russo, Vladimir Putin, apoiou esta iniciativa para competir com o sistema de preços dos cereais dominado pelo Ocidente e desafiar o dólar americano como principal moeda global, destaca a mídia.
Em 2024, depois de incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e o Irã, a associação aumentaria a produção de cereais para 1,24 bilhão de toneladas e o consumo para 1,23 bilhão.
O presidente russo Vladimir Putin, após de negociações com seu homólogo chinês Xi Jinping, durante a terceira edição do Fórum do Cinturão e Rota, em Pequim - Sputnik Brasil, 1920, 05.03.2024
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Putin apoia iniciativa para criar bolsa de grãos dentro do BRICS
Como consequência, a troca de cereais entre os países BRICS poderia reforçar "a influência geoeconômica e diplomática de Moscou sobre os seus aliados", bem como aumentar a sua confiança econômica, explica o jornal.
"Para os membros do BRICS, este tipo de troca de cereais poderia reduzir a incerteza e ajudar a garantir um fluxo constante de mercadorias, apesar das perturbações nas cadeias de abastecimento globais e dos problemas crescentes de escassez de alimentos", acrescenta.
Ao mesmo tempo, como os países do grupo são ricos em recursos naturais, as trocas de cereais entre eles poderiam abrir caminho a um maior comércio interregional e até ao surgimento de uma "bolsa de mercadorias BRICS" mais ampla, prevê a mídia.
Quanto aos exportadores ocidentais de cereais e fertilizantes, a bolsa de cereais do BRICS poderá levar a um "aumento da concorrência na diplomacia agrícola" e a tentativas de encontrar mercados alternativos para os seus produtos.
Os exportadores, representados pelos Estados Unidos, Canadá e Austrália, poderão enfrentar "tanto dificuldades em manter a sua quota de mercado e negociar condições comerciais favoráveis ​​como a concorrência dos cereais russos mais baratos", detalha o artigo.
Apesar das restrições ocidentais ao setor agrícola russo, a Rússia continua a ser um importante ator na agricultura, com quase um quarto do mercado mundial de cereais. Em 2023, o país exportou produtos agrícolas no valor de pelo menos US$ 43,5 bilhões (R$ 218 bilhões) e, em 2024, planeja vender até 65 milhões de toneladas de cereais.
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