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Brasil e Colômbia citam 'preocupação' com eleição na Venezuela; Caracas rebate: 'Intervencionistas'

© AP Photo / Fernando LlanoManifestante da oposição agita bandeira venezuelana em frente aos escritórios administrativos da petroleira estatal venezuelana PDVSA, em Caracas, Venezuela (imagem de arquivo)
Manifestante da oposição agita bandeira venezuelana em frente aos escritórios administrativos da petroleira estatal venezuelana PDVSA, em Caracas, Venezuela (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.03.2024
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Nesta terça-feira (26), os ministérios das Relações Exteriores brasileiro e colombiano expressaram preocupação sobre o processo eleitoral na Venezuela. Em resposta, Caracas disse que o comunicado "cinzento" do Itamaraty parece ter sido escrito "pelo Departamento de Estado dos EUA".
Em nota publicada no site do Itamaraty, a chancelaria brasileira disse que "esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas […], o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país".
Segundo o ministro das Relações Exteriores brasileiro, a candidata da oposição indicada pela Plataforma Unitaria Democrática (PUD), "sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de se registrar, o que não é compatível com os acordos de Barbados".
"O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil. O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo", afirmou o Itamaraty.
O governo brasileiro participou ativamente das negociações em Barbados ocorridas no último 17 de outubro, quando Caracas firmou um tratado com o governo dos Estados Unidos em que se compromete a organizar um pleito presidencial competitivo e a permitir que ele seja monitorado por observadores internacionais.
Em troca, a Casa Branca aliviaria as sanções contra a indústria de petróleo do país sul-americano.
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A Colômbia também expressou preocupação sobre o pleito em um comunicado publicado por sua chancelaria nesta terça-feira (26), afirmando que se preocupa com o registro de candidatura da oposição que pode "afetar a confiança de alguns setores da comunidade internacional na transparência e competitividade do processo eleitoral".
Caracas respondeu a Bogotá e Brasília, por meio de seu chanceler Yván Gil. Sobre o governo colombiano, a Venezuela diz que ele praticou "ingerência grosseira em assuntos que só dizem respeito aos venezuelanos".

"Movido pela necessidade de agradar aos desígnios do Departamento de Estado dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia dá um passo em falso e comete um ato de ingerência grosseira em assuntos que só dizem respeito aos venezuelanos", afirmou o chanceler Yván Gil.

Em seguida, repudiou o comunicado brasileiro, classificando-o como "cinzento e intervencionista redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

"O Ministério do Poder Popular para Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia o comunicado cinzento e intervencionista redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, no qual são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela", afirmou o chanceler.

As eleições presidenciais estão programadas para 28 de julho de 2024, a fim de escolher um presidente para um mandato de seis anos, com início em 10 de janeiro de 2025.
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