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União Europeia diz que será 'difícil' cumprir promessa de financiamento à Ucrânia sem apoio dos EUA

© AFP 2023 / Roman PilipeyMilitares seguram bandeira ucraniana sobre caixão do poeta e militar ucraniano Maksim Kryvtsov, morto na linha de frente da operação militar especial, no Mosteiro da Cúpula Dourada de São Miguel, em Kiev, Ucrânia, em 11 de janeiro de 2024
Militares seguram bandeira ucraniana sobre caixão do poeta e militar ucraniano Maksim Kryvtsov, morto na linha de frente da operação militar especial, no Mosteiro da Cúpula Dourada de São Miguel, em Kiev, Ucrânia, em 11 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 20.03.2024
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Caso os Estados Unidos deixem de apoiar a Ucrânia, diante das dificuldades do governo Biden em aprovar o pacote de ajuda financeira a Kiev, a União Europeia (UE) terá dificuldade de cumprir a promessa de enviar 50 bilhões de euros (R$ 271,5 bilhões) em recursos.
A declaração é do chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell. "Se isso se tornar realidade, a situação será extremamente difícil. É complicado imaginar que desembolsaremos 50 bilhões de euros. Certamente será possível se houver vontade política para isso, mas a UE terá que ser muito mais engenhosa", declarou Borrell em entrevista ao jornal Sud Ouest.
Mais cedo, Borrell apresentou ao Conselho da União Europeia uma proposta de utilizar os rendimentos provenientes dos ativos russos bloqueados para apoiar a Ucrânia.
A proposta do alto diplomata europeu prevê que 90% dos rendimentos sejam destinados ao Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e os outros 10% ao orçamento da UE. Borrell expressou sua esperança de que o órgão europeu aprove a proposta em um futuro próximo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a proposta de utilizar ativos russos para financiar Kiev não respeita os fundamentos jurídicos dos direitos europeu e internacional. Além disso, a medida pode provocar danos irreversíveis à economia e à imagem do bloco.
Após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE e os membros do G7, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bloquearam quase metade dos ativos russos no exterior, totalizando cerca de 300 bilhões de euros (R$ 1,6 trilhão).
Em 21 de outubro de 2022, os líderes da UE instruíram a Comissão Europeia a preparar propostas sobre o uso de ativos russos bloqueados no exterior com o objetivo de financiar a reconstrução da Ucrânia. Por sua vez, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, qualificou a iniciativa como roubo.
Fazenda de galinhas em Baexem, no sul dos Países Baixos (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 20.03.2024
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Risco à estabilidade financeira

Uma das principais empresas financeiras do continente, o Euroclear ganhou só no ano passado 4,4 bilhões de euros (R$ 23,9 bilhões) com os ativos russos bloqueados. Analistas asseguram à Sputnik que tentativas de lucrar com dinheiro alheio ameaçam levar a entidade à falência, o que deixaria em risco a estabilidade financeira da União Europeia.
"O Banco Central pode bloquear ou confiscar 33 bilhões de euros (R$ 179 bilhões) do Euroclear depositados na jurisdição russa. No total, a instituição gerencia ativos no valor de 37 trilhões de euros (R$ 201 trilhões)", disse a professora de economia Meri Valilashvili, do Departamento de Finanças Estatais e Municipais da Universidade Russa de Economia Plekhanov.
Segundo a especialista, é provável que após o confisco muitos países não pertencentes à UE tentem retirar seu dinheiro do Euroclear o mais rápido possível por conta da instabilidade causada. Isso enfraquecerá significativamente a estabilidade e a confiabilidade do euro como moeda de reserva mundial, acrescenta a economista.
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