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Trump autorizou campanha da CIA contra governo de Xi Jinping nas redes sociais chinesas, diz mídia

© AP Photo / George Walker IVDonald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), fala durante Convenção do Partido Republicano da Carolina do Norte em Greensboro, Carolina do Norte, EUA, 10 de junho de 2023
Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), fala durante Convenção do Partido Republicano da Carolina do Norte em Greensboro, Carolina do Norte, EUA, 10 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.03.2024
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Quando completou dois anos no cargo, Trump autorizou a CIA a lançar uma campanha clandestina nas redes sociais chinesas com o objetivo de virar a opinião pública na China contra o governo de Xi Jinping, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.
De acordo com o relato de três ex-funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA), ouvido pela agência britânica, a CIA criou uma pequena equipe de agentes que usaram identidades falsas na Internet para espalhar narrativas negativas sobre o governo chinês, enquanto vazavam informações depreciativas para meios de comunicação estrangeiros.
A mídia afirma que a equipe promoveu alegações de que membros do Partido Comunista no poder estavam escondendo dinheiro ilícito no exterior e classificou como "corrupta e esbanjadora" a Nova Rota da Seda, que fornece financiamento para projetos de infraestrutura no mundo em desenvolvimento.
Os esforços dentro da China pretendiam fomentar a paranoia entre os principais líderes locais, forçando o seu governo a gastar recursos na perseguição de intrusões na Internet controlada de Pequim, disseram dois ex-funcionários.
"Queríamos que eles perseguissem fantasmas", disse um desses ex-funcionários.
A Reuters afirma que não conseguiu determinar o impacto das operações secretas ou se a administração do presidente Joe Biden manteve o programa da CIA.
Entretanto, cita que dois historiadores da inteligência, em entrevista à agência, disseram que quando a Casa Branca concede à CIA autoridade para ações secretas, através de uma ordem conhecida como conclusão presidencial, ela muitas vezes permanece em vigor em todas as administrações.
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Em 2018, um ano antes da campanha clandestina contra Pequim ser autorizada, Trump deu à CIA maiores poderes para lançar operações cibernéticas ofensivas contra adversários dos Estados Unidos.
No entanto, as fontes descreveram a autorização de 2019 como uma operação mais ambiciosa, uma vez que permitiu à CIA agir não só na China, mas também em países de todo o mundo onde Washington e Pequim competem pela influência. Quatro ex-funcionários disseram que a operação tinha como alvo a opinião pública no Sudeste Asiático, na África e no Pacífico Sul.
As campanhas de propaganda secreta eram comuns durante a Guerra Fria, quando a CIA plantava 80 a 90 artigos por dia em um esforço para minar a União Soviética, relembrou Loch Johnson, cientista político da Universidade da Geórgia que estuda o uso de tais táticas.
Na década de 1950, por exemplo, a CIA criou uma revista astrológica na Alemanha Oriental para publicar previsões agourentas sobre os líderes comunistas, de acordo com registros desclassificados.
Ainda segundo as fontes, a operação norte-americana contra China surgiu em resposta a anos de esforços chineses secretos com o objetivo de aumentar a sua influência global.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, citado pela Reuters, disse que as notícias da iniciativa da CIA mostram que o governo dos EUA utiliza o "espaço da opinião pública e as plataformas mediáticas como armas para espalhar informações falsas e manipular a opinião pública internacional".

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