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Scott Ritter: a 'fantasia ucraniana' do Pentágono está desmoronando

© Olivier DoulieryO presidente dos EUA, Joe Biden, dá as boas-vindas ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, no gramado sul da Casa Branca, em Washington, D.C., em 21 de dezembro de 2022
O presidente dos EUA, Joe Biden, dá as boas-vindas ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, no gramado sul da Casa Branca, em Washington, D.C., em 21 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 12.03.2024
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Na sexta-feira (8), o ministro das Relações Exteriores francês, Stéphane Séjourné, reuniu-se com os seus homólogos bálticos e ucraniano na Lituânia. A visita ocorre dias depois de o presidente francês Emmanuel Macron ter levantado a possibilidade do envio de tropas francesas à Ucrânia, irritando alguns dos seus aliados mais poderosos na Europa.
A fantasia do Pentágono dos EUA na Ucrânia está desmoronando, disse o ex-inspetor de armas da ONU e comentarista Scott Ritter à Sputnik na segunda-feira (11).
Falando sobre relatos da mídia dos EUA que afirmam que há tensões crescentes entre Kiev e Washington porque a Ucrânia supostamente não deu ouvidos aos conselhos táticos oferecidos pelo Pentágono, Ritter disse acreditar que as afirmações não são baseadas na realidade, mas sim destinadas a afastar a culpa dos Estados Unidos.
"O Pentágono está definitivamente tentando criar cobertura política para si mesmo porque a sua enorme fantasia ucraniana está desmoronando", afirmou Ritter, explicando anteriormente que a Ucrânia não tinha outra escolha senão manter Avdeevka durante o maior tempo possível para que linhas defensivas pudessem ser construídas atrás dela, destacando, no entanto, que o poder aéreo russo impediu que até mesmo esse objetivo fosse alcançado.
"É fácil jogar como zagueiro ficando parado, apenas esperando a jogada chegar no seu campo. Mas a realidade é que outras escolhas [tinham] os ucranianos senão tentar manter a última posição defensável que [tinham]?"
Kiev está "acordando para a realidade de que os seus chamados amigos e aliados os estão abandonando e deixando a Ucrânia entregue à sua própria sorte", explicou Ritter anteriormente ao discutir os comentários de Macron de que tropas francesas podem ser enviadas para a Ucrânia, uma hipótese que Ritter diz só estar sendo discutida devido à posição em que a Ucrânia se encontra.
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"Para compreender por que Macron estaria falando sobre isso, é preciso compreender quão terrível é a situação para a Ucrânia agora. Eles estão enfrentando um colapso militar, neste momento, enquanto falamos, os últimos reservistas da Ucrânia estão sendo lançados na batalha fora da aldeia de Orlovka", explicou Ritter. "Isso é para ganhar tempo para que um milagre aconteça e os ucranianos esperam que o milagre seja a chegada de um grupo de batalha francês."
Esse possível "milagre" não mudaria a perspectiva do campo de batalha, argumentou Ritter, dizendo que a sua capacidade "de enviar uma força militar significativa para a Ucrânia é muito pequena", com ou sem os aliados dos Estados Bálticos que Macron supostamente procura.
Entretanto, argumenta Ritter, o período eleitoral está forçando os Estados Unidos a recuar no conflito. "Biden está em um ciclo de eleições presidenciais, estamos chegando à corrida final para novembro. [...] Biden fará tudo o que for necessário para minimizar a sua exposição política."
"Demitimos [a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos] Victoria Nuland, a arquiteta da política [da Ucrânia], e [demos] um passo atrás", apontou o analista. Isso deixou a Europa "paralisada, percebendo que, falando francamente, não é nada sem o dinheiro norte-americano. Esta é uma pílula difícil de engolir e, entretanto, no campo de batalha, o Exército ucraniano está em uma situação absolutamente desesperadora", concluiu.
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