Democratas no Congresso dos EUA iniciam investigação da SpaceX por suposto uso ilegal da Starlink

Dois membros democratas da Câmara dos Representantes norte-americana apresentaram em uma carta a queixa do suposto uso do serviço de Internet de satélite pela Rússia.

Democratas da Câmara dos Representantes dos EUA abriram uma investigação sobre a empresa SpaceX sobre o possível uso ilegal de terminais Starlink pelas forças russas durante a operação especial, escreve na quinta-feira (7) o jornal norte-americano The Washington Post (WP).

Os congressistas Jamie Raskin e Robert Garcia exigiram que a empresa de Elon Musk esclarecesse as reclamações sobre o suposto uso ilegal dos terminais, que, segundo eles, poderia violar as sanções dos EUA, e constitui "uma séria ameaça à segurança da Ucrânia, às vidas dos ucranianos e à segurança nacional" do país.

"Estamos preocupados com o fato de que vocês podem não ter restrições e políticas adequadas em vigor", diz a carta.

Foi destacado que é de vital importância às Forças Armadas da Ucrânia terem uma conexão à Internet confiável por meio do serviço de Internet de satélite, para que seja possível coordenar os ataques de artilharia e as ações das tropas por meio de mensagens de texto em grupo e transmitir os dados dos drones das tropas russas. Os legisladores norte-americanos estão preocupados que "o Starlink pode agora oferecer uma vantagem semelhante à da Rússia", escreve o jornal.

"Continua sendo fundamental que se prive a Rússia de qualquer intercâmbio comercial que fortaleça suas Forças Armadas", destaca a carta. Raskin e Garcia ainda questionam as medidas tomadas pela empresa para evitar vulnerabilidades de segurança que Moscou poderia adotar para "adquirir ilegalmente" terminais Starlink, bem como o trabalho que a empresa realiza com os reguladores dos EUA para impedi-lo.

O WP afirma que a investigação está em suas etapas iniciais, mas seus autores planejam entrar em contato com o Pentágono e outros departamentos governamentais.

O jornal refere que o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou previamente que as forças russas estavam usando o Starlink durante operações de combate. Elon Musk, CEO da SpaceX, por sua vez, negou que tal tenha ocorrido.