Nikki Haley desiste de concorrer à presidência dos EUA e impulsiona candidatura de Trump

Após perder as convenções republicanas em todos os estados com exceção de um, Vermont, a candidata Nikki Haley desistiu da corrida presidencial dos Estados Unidos de 2024, anunciou a ex-governadora da Carolina do Sul nesta quarta-feira (6).

Haley não anunciará um endosso, em vez disso, encorajará o ex-presidente Donald Trump a ganhar o apoio dos republicanos e dos eleitores independentes que a apoiaram, de acordo com a NBC News.

"Estou muito grata pela manifestação de apoio que recebemos de todo o nosso grande país, mas chegou a hora de suspender a minha campanha. Eu disse que queria que as vozes dos americanos fossem ouvidas - eu fiz isso. Não me arrependo. E embora não seja mais candidata, não vou parar de usar minha voz para as coisas em que acredito", disse Haley em discurso.

Trump ficou ainda mais perto de ter os delegados necessários para ganhar a nomeação do Partido Republicano no final de semana depois de ganhar as convenções nos estados de Michigan e Missouri, além de ter vencido as primárias em 8 dos 15 estados na Superterça, conforme noticiado.

"Cabe agora a Donald Trump ganhar os votos daqueles do nosso partido e de outros que não o apoiaram, e espero que ele faça isso. Na melhor das hipóteses, a política consiste em trazer as pessoas para a sua causa, e não as rejeitar. E a nossa causa conservadora precisa urgentemente de mais pessoas. Agora é a sua hora de escolher", afirmou Haley.

Na segunda-feira (4), a Suprema Corte norte-americana decidiu que Trump poderia disputar eleições, o que abriu de vez o caminho para o possível retorno do republicano.

Membro escolhido a dedo do gabinete de Trump de 2017 a 2018, Haley foi a primeira grande republicana a lançar um desafio contra o ex-presidente em fevereiro de 2023.

Sua campanha teve um início lento, mas ganhou impulso após vários debates fortes no verão e no outono (Hemisfério Norte) passado, analisou a NBC News.