Divergências entre Macron e Scholz sobre apoio a Kiev ameaçam se tornar inimizade aberta, diz mídia

Segundo escreve o jornal norte-americano Politico, Paris e Berlim têm uma abordagem diferente quanto ao apoio à Ucrânia, e há argumentos entre os dois lados.

Os desentendimentos entre Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, e Emmanuel Macron, presidente da França, quanto à Ucrânia se transformaram em uma inimizade aberta, escreve na terça-feira (27) o jornal norte-americano Politico.

"As divergências entre Scholz e Macron sobre a ajuda militar à Ucrânia estão se transformando em algo como uma disputa aberta", disse ele.

Funcionários alemães notam que o presidente francês faz declarações duras sobre a Ucrânia, mas que na realidade a França fornece muito menos ajuda em comparação com a Alemanha.

De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, Berlim forneceu ou planejou assistência a Kiev no valor de mais de € 17 bilhões (R$ 91,62 bilhões), enquanto Paris apenas alocou € 640 milhões (R$ 3,45 bilhões).

"As autoridades francesas argumentam que estão fornecendo as armas que realmente importam e estão fazendo isso com menos hesitação do que os alemães", aponta o jornal norte-americano.

O Politico também comparou as abordagens dos dois países para ajudar a Ucrânia, observando uma maior hesitação da Alemanha em enviar certos tipos de armas, como os mísseis de longo alcance Taurus. Ele referiu que, após a cúpula de segunda-feira (26) em Paris, França, Macron pareceu criticar Scholz pela "indecisão histórica" da Alemanha quanto à questão.