Biden abre investigação sobre carros chineses nos EUA: 'Políticas da China podem inundar mercado'

Washington afirma que ameaças podem surgir de porque os veículos supostamente "coletam grandes quantidades de dados confidenciais sobre seus motoristas e passageiros [e] usam regularmente suas câmeras e sensores para registrar informações detalhadas sobre a infraestrutura dos EUA".

Nesta quinta-feira (29), os Estados Unidos anunciaram a abertura de uma investigação para saber se as importações de veículos chineses representam riscos à segurança nacional. A investigação será liderada pelo Departamento de Comércio.

"As políticas da China podem inundar o nosso mercado com os seus veículos, representando riscos para a nossa segurança nacional. Eu não vou deixar isso acontecer sob meu comando", disse o presidente Joe Biden em um comunicado citado pela Reuters.

Biden classificou o esforço como uma "ação sem precedentes para garantir que os carros nas estradas dos EUA vindos de países preocupantes como a China não prejudiquem a nossa segurança nacional" e instruiu o Departamento de Comércio "a tomar medidas para responder aos riscos".

A mídia afirma que o governo também pretende impor restrições devido a preocupações com a tecnologia de carros "conectados", no entanto, a Casa Branca disse que era muito cedo para definir quais medidas poderiam ser tomadas e que nenhuma decisão sobre qualquer possível proibição ou restrição aos veículos chineses conectados havia sido decidida.

A Casa Branca também disse que os veículos poderiam "ser pilotados ou desativados remotamente" e acrescentou que a investigação também analisará os veículos autônomos.

A Embaixada da China em Washington criticou repetidamente as propostas da administração Biden para impor novas restrições ao comércio chinês, instando o governo a "parar de alardear a teoria da 'ameaça da China' e a sua supressão injustificada das empresas chinesas".

No sábado (24), o setor automobilístico fez um apelo ao governo estadunidense para barrar o comércio de automóveis e peças fabricadas no México por empresas sediadas na China, argumentando que o fluxo de vendas pode colocar "fábricas americanas em extinção", conforme noticiado.