Austrália impõe sanções antirrussas contra indivíduos e entidades em apoio à Ucrânia

Neste sábado (24), autoridades australianas anunciaram a imposição de sanções contra 55 pessoas e 37 organizações, como parte de tentativa para demonstrar apoio à Ucrânia.

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, divulgou a decisão, destacando o "compromisso inabalável" do país com a soberania nacional ucraniana.

Tais sanções surgem em meio a um contexto de tensões geopolíticas crescentes, especialmente entre a Rússia e países ocidentais, como os Estados Unidos.

Na sexta-feira (23), os departamentos do Tesouro, Comércio e de Estado dos EUA também anunciaram uma série de sanções contra a Rússia, coincidindo com o segundo aniversário da operação especial russa na Ucrânia.

Ao todo, cerca de 500 indivíduos e organizações, inclusive de países terceiros, foram alvo dessas medidas restritivas.

De acordo com as autoridades australianas, as sanções incluem restrições financeiras e de viagens direcionadas a pessoas específicas, bem como sanções financeiras contra entidades legais.

As medidas visam instalações nos setores russos de defesa, energia, comunicação social e mineração, além de alvejar organizações supostamente envolvidas em "redes de compras russas" em outros países, como Belarus, Irã e Coreia do Norte.

A Rússia já emitiu alertas aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, enfatizando que qualquer carga que contenha armamentos destinados aos ucranianos se tornará alvo legítimo para o país.

Desde que a Crimeia se tornou uma região russa em março de 2014, após referendo realizado depois do golpe de Estado na Ucrânia, as tensões têm aumentado constantemente entre a Rússia e o Ocidente.

Enquanto Moscou defende a legitimidade do referendo e a vontade expressa pela população da Crimeia, muitos países ocidentais, incluindo a Austrália, mantêm uma posição de apoio a Kiev.