Ucrânia terá que decidir quais cidades pode controlar sem ajuda dos EUA, diz Pentágono

Sem ajuda norte-americana renovada, os militares ucranianos terão de decidir quais cidades podem manter, disse Sabrina Singh, porta-voz adjunta do Pentágono nesta terça-feira (20).

Singh apelou à Câmara dos Representantes para seguir o Senado na aprovação do pedido da Casa Branca de US$ 60 bilhões (R$ 295 bilhões), sem os quais os Estados Unidos não podem continuar com o fornecimento militar para Kiev.

"Não seremos capazes de fornecer esses pacotes, e a Ucrânia terá que fazer escolhas e decisões sobre quais cidades, quais assentamentos eles são capazes de manter com o que têm, e o que os seus parceiros continuam a lhes enviar", disse a porta-voz em uma conferência de imprensa.

Singh comentou a tomada russa de Avdeevka, dizendo que "infelizmente" houve uma retirada "estratégica" das tropas de lá para preservar a artilharia e as munições.

Também nesta terça-feira (20), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que a Rússia tem preparado a operação para assumir o controle de Avdeevka desde o outono (Hemisfério Norte) de 2023.

Ao mesmo tempo, Shoigu ressaltou que o Estado-Maior russo conseguiu levar a cabo a operação para assumir o controle da cidade com perdas mínimas, acrescentando que as tropas russas realizaram 460 ataques por dia na cidade, o que equivale a 200 toneladas de munições.

Desde o começo do conflito, quando armas ocidentais começaram a chegar na Ucrânia, a Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas a Kiev. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.