Em aceno incomum, China oferece apoio à Hungria em questões de segurança

Durante reunião de uma autoridade sênior chinesa com o primeiro-ministro húngaro na semana passada, Pequim se ofereceu para apoiar a Hungria em questões de segurança pública.

O ministro da Segurança Pública, Wang Xiaohong, encontrou-se com o premiê Viktor Orbán durante uma visita a Budapeste e disse esperar que tais esforços sejam "um novo destaque das relações bilaterais" em áreas como o combate ao terrorismo e aos crimes transnacionais.

Ao mesmo tempo, o comprometimento reforçaria a capacidade de segurança e de aplicação da lei no âmbito da Nova Rota da Seda, disse o ministro chinês segundo a agência Reuters.

Wang também se encontrou com o ministro do Interior húngaro, Sandor Pinter, e assinou documentos sobre aplicação da lei e cooperação em segurança, afirmou a mídia sem fornecer maiores detalhes.

As garantias de segurança da China surgem em um momento em que a Hungria procura afirmar a sua independência dos países ocidentais na última década sob Orbán.

Atualmente, a Hungria abriga a maior base logística e industrial da Huawei fora da China, apesar das advertências da Comissão Europeia de que o gigante das telecomunicações implica um risco para a segurança da UE.

Budapeste também receberá em breve a montadora chinesa BYD, sendo essa a primeira unidade chinesa da empresa na Europa.

Embora a Hungria seja membro da OTAN e da União Europeia, Budapeste tem estado repetidamente em desacordo com o bloco europeu sobre o seu apoio financeiro e militar à Ucrânia. Ao mesmo tempo, a Hungria ainda não deu luz verde para o pedido de adesão da Suécia à aliança militar.

A crescente afinidade do país da Europa Central com Pequim já colocou uma barreira na frente coletiva da UE, ressalta a mídia, analisando que o pacto de segurança com a Hungria representa uma vitória diplomática para a China na União Europeia, uma vez que o bloco avalia os seus laços com o gigante asiático em todas as áreas.