Chanceler de Israel declara Lula 'persona non grata' por comparar guerra em Gaza ao Holocausto

O ministro das Relações Exteriores de Israel deu uma opinião clara sobre o presidente do Brasil, depois que ele considerou comparável a guerra entre Israel e a Faixa de Gaza, e o Holocausto, da Segunda Guerra Mundial.

Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, declarou Lula da Silva, presidente do Brasil, "persona non grata" por ter comparado a guerra na Faixa de Gaza ao Holocausto, informou nesta segunda-feira (19) o canal israelense i24.

"Não esqueceremos e não perdoaremos. Esse é um grave ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos do Estado de Israel, informe ao presidente Lula que ele é uma personalidade indesejada em Israel até que não se retrate", declarou Katz.

Ele fez as declarações no Centro de Memória do Holocausto Yad Vashem, "um lugar que testemunha mais do que qualquer outra coisa o que os nazistas e Hitler fizeram com os judeus, incluindo os membros da minha família".

"A comparação entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazistas é uma vergonha, uma desgraça e um sério ataque antissemita", acrescentou.

O ministro israelense também apresentou a Frederico Meyer, o embaixador brasileiro no país, o memorial Livro dos Nomes, que já contém mais de 4,8 milhões de vítimas principalmente judias do Holocausto. Israel Katz, em particular, mostrou os nomes de seu próprio avô Israel Katz e de sua avó Shaprinza Katz.

O presidente brasileiro disse no domingo (18) que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é genocídio, e o comparou às atrocidades em massa cometidas por Adolf Hitler contra os judeus. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, respondeu que tais declarações ultrapassam a linha vermelha.

Antes deste incidente, Israel Katz explicou seu desagrado com as declarações de Lula a Meyer.