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Lula compara sofrimento palestino em Gaza ao povo judeu pelas mãos de Hitler: 'Um genocídio'

© Foto / Ricardo Stuckert / Presidência da RepúblicaO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de Abertura da 37º Cúpula da União Africana, na Sede da União Africana, Adis Abeba, Etiópia, em 17 de fevereiro de 2024
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de Abertura da 37º Cúpula da União Africana, na Sede da União Africana, Adis Abeba, Etiópia, em 17 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.02.2024
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Durante coletiva de imprensa em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os líderes dos países que cortaram a contribuição para a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio", afirmou Lula durante uma coletiva no país africano por ocasião de sua visita à União Africana.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o presidente durante a coletiva que encerra sua visita à Etiópia.
No âmbito da sua turnê por países africanos, Lula foi questionado sobre sua decisão de fazer novos repasses de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) —responsável por alimentar, educar, dar saúde e moradia para milhões de refugiados palestinos não apenas na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia, Síria, Jordânia e Líbano.
A crítica de Lula sobre a descontinuidade do auxílio por parte dos países vem em um momento de calamidade na Faixa de Gaza em que o sistema de saúde da região se encontra em colapso e a ajuda humanitária muitas vezes não chega até os refugiados e vítimas civis do conflito entre Israel e o Hamas.
A ajuda à UNRWA foi interrompida quando Israel alegou que alguns de seus funcionários teriam participado dos ataques terroristas do Hamas contra civis israelenses no dia 7 de outubro do ano passado. A ONU se manifestou sobre a questão abrindo uma investigação para que as Forças de Defesa de Israel (FDI) apresentem suas provas, mas até o momento diz ser incapaz de confirmar qualquer participação de seus funcionários nas ações do Hamas.
Militares israelenses em suposto túnel do grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza, sob a sede da UNRWA. - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2024
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"Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente? [...] E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?", acrescentou Lula.
Para o presidente, a assimetria de poder entre Israel e o Hamas é imensa, razão pela qual ele sempre destaca o número de mulheres e crianças vítimas do conflito.

"Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças. Olha, se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que está há quantas décadas tentando construir o seu Estado", concluiu Lula.

Apesar de destacar a importância do envio da ajuda, Lula não revelou o tamanho do repasse já que segundo ele não é o presidente quem decide isso, mas fez questão de destacar que se o repasse não acontecer, reconstruir Gaza será ainda mais difícil.
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