Investimento da Alemanha na China atinge recorde apesar de apelos de Berlim, diz mídia

Além de o valor chegar a € 11,9 bilhões, ele representou 10,3% do total do investimento direto estrangeiro alemão nos outros países, indica mídia britânica.

O investimento direto alemão na China aumentou 4,3% em 2023, atingindo um recorde de € 11,9 bilhões (R$ 63,53 bilhões), revelam dados oficiais citados na quarta-feira (14) pela agência britânica Reuters.

Os dados do Bundesbank, o banco central alemão, de um relatório do Instituto da Economia Alemã (IW) vistos pela Reuters também revelam que a proporção do investimento direto estrangeiro da Alemanha na China aumentou no ano passado, apesar dos apelos de Berlim para que as empresas alemãs reduzam sua exposição ao país asiático. A porcentagem aumentou para 10,3%, o nível mais alto desde 2014, enquanto os investimentos diretos alemães em outros lugares da Ásia permanecem estagnados em cerca de 8%.

Além disso, as empresas alemãs investiram tanto na China nos últimos três anos quanto nos seis anos anteriores, de acordo com o relatório.

No entanto, a Reuters assinala que os investimentos alemães na China nos últimos quatro anos foram financiados inteiramente por lucros reinvestidos, e que as empresas também retiraram capital em números significantes.

A proporção de empresas alemãs que estão saindo do mercado chinês ou pensando em fazê-lo mais do que dobrou, chegando a 9% nos últimos quatro anos, segundo uma pesquisa da Câmara de Comércio Alemã na China publicada em janeiro.

No geral, o investimento estrangeiro direto alemão caiu em 2023 para € 116 milhões (R$ 619,3 bilhões), em comparação com cerca de € 170 bilhões (R$ 907,59 bilhões) em 2022, disse o IW, o que aconteceu em meio à recessão no país europeu, cuja economia contraiu 0,3% no último ano.

A China foi o principal parceiro comercial da Alemanha pelo oitavo ano consecutivo em 2023.