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Oposição alemã à reforma do fundo da UE ameaça atrasar envio de armas para a Ucrânia, diz mídia

© Sputnik / Aleksei VitvitskyA bandeira nacional da República Federal da Alemanha sobre o edifício Bundestag em Berlim no dia das eleições para o parlamento alemão, em 26 de setembro de 2021
A bandeira nacional da República Federal da Alemanha sobre o edifício Bundestag em Berlim no dia das eleições para o parlamento alemão, em 26 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2024
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Berlim quer modificar as regras sobre como o financiamento de € 5 bilhões (cerca de R$ 26,7 bilhões) para armas destinadas a Kiev deve funcionar.
De acordo com o Financial Times (FT), a oposição alemã à proposta de revisão de um fundo de apoio militar da União Europeia (UE) corre o risco de atrasar as entregas de armas à Ucrânia, alertaram as autoridades, no meio de intensa pressão sobre os aliados de Kiev para responderem a um aumento nos ataques russos.
O Mecanismo Europeu para a Paz (EPF, na sigla em inglês) é um fundo de € 12 bilhões (aproximadamente R$ 64 bilhões) criado fora do orçamento partilhado da UE e se baseia em contribuições dos Estados-membros, dependendo da dimensão das suas economias. O fundo, no entanto, se esgotou depois de ter reembolsado € 5,6 bilhões (cerca de R$ 29,9 bilhões) às capitais da UE pelas armas que enviaram para a Ucrânia nos quase dois anos de operação militar especial russa.
O fundo necessita de financiamento adicional para que as capitais possam ser parcialmente reembolsadas pelos seus envios de armas, mas uma proposta de injeção de € 5 bilhões está sendo adiada enquanto os países discutem como reformar o fundo para melhor responder às necessidades da Ucrânia e ajudar a indústria militar europeia a satisfazê-las.

Segundo uma fonte ouvida pela apuração do FT, "Bruxelas diz: 'pague primeiro, seja reembolsado depois'". Mas a Alemanha e outros países que defendem um afastamento do modelo de reembolso "argumentam que não deveriam ser necessários".

Na última semana, a UE aprovou por unanimidade a destinação de € 50 bilhões (mais de R$ 267 bilhões) ao longo de quatro anos de ajuda macroeconômica para a Ucrânia, mas a questão do financiamento militar não foi resolvida. Os EUA, que têm sido o maior doador de armas à Ucrânia desde 2022, ainda não conseguiram a aprovação do Congresso para nova ajuda militar e econômica para Kiev.
Os atrasos na aprovação de ajuda militar adicional para a Ucrânia ocorrem em um momento em que as tropas ucranianas começaram a racionar munição. Enquanto isso, Berlim, que está sob intensas restrições fiscais depois que um tribunal constitucional decidiu contra as suas disposições orçamentárias, exige que o valor das armas que fornece bilateralmente a Kiev seja contabilizado em sua parte do fundo.
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"Eles não querem dizer sim ou não ao dinheiro sem ter certeza de que [os termos] estão de acordo com o que é aceitável para eles", disse um alto funcionário da UE envolvido em discussões com os líderes na semana passada, referindo-se à posição da Alemanha que em última análise poderia pôr em risco a parte que cabe aos países menores que comprometeram seu orçamento com Kiev.

Na última cúpula europeia, o chanceler alemão Olaf Scholz insistiu que o acordo sobre a proposta de reforma do fundo deveria incluir "sugestões" feitas pelos Estados-membros, segundo fontes do FT.
A reforma, tal como divulgada antes da cúpula, visa alcançar "uma forma mais estruturada, eficiente e pragmática" de financiar armas para a Ucrânia, de acordo com um documento visto pela apuração.
Existem, no entanto, duas controvérsias na utilização do fundo. A primeira é que os países menores estão sendo acusados de renovar seus arsenais ao enviar armamento obsoleto para a Ucrânia ao se apoiar no reembolso oferecido pelo bloco através do fundo.
Um segundo ponto de discórdia é a rapidez com que o EPF passará do reembolso aos países para o financiamento de contratos de armas. A proposta atual diz que "o reembolso de entregas bilaterais será gradualmente eliminado após um período de transição".
As autoridades envolvidas nas negociações afirmam estar trabalhando para encontrar uma solução de compromisso até ao final de fevereiro.
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