Itália será alvo caso se junte aos ataques contra os houthis, diz alto responsável do grupo

O chefe do Comitê Revolucionário Supremo dos houthis advertiu à mídia italiana que o país terá uma resposta caso participe da missão naval da União Europeia (UE) no mar Vermelho.

A Itália se tornará um alvo se participar de ataques contra o Iêmen, disse um alto responsável dos houthis em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira (5) pelo jornal italiano la Repubblica.

Mohamed Ali al-Houthi, chefe do Comitê Revolucionário Supremo dos houthis, disse que a Itália deve ser neutra no conflito israelo-palestino e pressionar Israel a interromper os ataques à Faixa de Gaza, acrescentando que essa seria a única maneira de alcançar a paz na região.

A Itália anunciou na sexta-feira (2) que permitiria a participação de um almirante no comando de uma missão naval da UE no mar Vermelho, à qual se juntou para proteger navios comerciais dos ataques dos houthis.

A missão, que será lançada em 19 de fevereiro, consiste em proteger os navios e interceptar ataques, mas não participar de investidas contra os houthis, disse na quarta-feira (31) Josep Borrell, chefe das relações exteriores do bloco europeu.

Nos últimos meses os EUA, o Reino Unido e alguns outros países têm participado de uma missão militar de ataques a alvos houthis, com o objetivo alegado de contribuir para a segurança da navegação no mar Vermelho. Ao mesmo tempo, as ações têm recebido críticas de que estão desestabilizando ainda mais o Oriente Médio.