UE recusa deixar de financiar a UNRWA em meio a relatos de suposta cooperação com o Hamas

Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, argumentou a favor de financiar a entidade, que, segundo ele, ninguém pode substituir.

A Comissão Europeia continuará financiando a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês), apesar do suposto envolvimento de alguns de seus funcionários no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, disse o chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE).

"A Comissão Europeia não interrompeu e não pretende suspender a assistência à UNRWA. As vidas de milhões de pessoas dependem de seu trabalho, ninguém pode substituí-la", declarou Josep Borrell, em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores do bloco.

Borrell lembrou que a agência apoia os refugiados palestinos não apenas na Faixa de Gaza, mas também no Líbano, na Jordânia e na Cisjordânia.

Em 26 de janeiro, Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, anunciou a demissão imediata dos funcionários da UNRWA suspeitos de envolvimento no ataque do grupo palestino Hamas a Israel em outubro de 2023, e o início da respetiva investigação.

No entanto, vários países, entre os quais os EUA (o maior doador até o momento) e o Reino Unido, anunciaram sua decisão de suspender o financiamento da UNRWA.

Nesta semana, 20 organizações humanitárias pediram que se mantivesse o financiamento da UNRWA para "ajudar os palestinos a sobreviver a uma das piores catástrofes humanitárias de nosso tempo".