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'Economia dos EUA não é a economia americana', afirma especialista ao avaliar fala de Milei em Davos

© AP Photo / Seth WenigUma tela exibe dados de mercado na Bolsa de Valores de Nova York, EUA, em 10 de agosto de 2022
Uma tela exibe dados de mercado na Bolsa de Valores de Nova York, EUA, em 10 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 31.01.2024
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Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, o recém-eleito presidente argentino Javier Milei culpou o "coletivismo" como a "causa raiz" dos problemas econômicos mundiais. A avaliação de Milei é retrógrada, opina o autor, jornalista e analista político Caleb Maupin em declarações à Sputnik na terça-feira (30).

"Desde a década de 1980 e final dos anos 70, temos vindo a destruir o Estado de bem-estar social. Aqui nos Estados Unidos, estamos desregulamentando. Temos escolas com fins lucrativos", explicou Maupin. "Temos empresas privadas travando nossas guerras. [Temos] prisões com fins lucrativos em vários estados. A ideia de que estamos caminhando para o socialismo no Ocidente é simplesmente absurda. Estamos destruindo o Estado de bem-estar", explicou o analista.

A razão pela qual o Ocidente tem insistido na destruição do Estado de bem-estar social é porque ele é controlado por corporações globais.
"A economia dos EUA não é a economia americana. É a economia centrada em torno dos grandes bancos, das corporações, dos ultramonopólios, dos cartéis fiduciários e dos sindicatos baseados aqui no Ocidente", argumentou Maupin. "Mas, na verdade, o governo dos EUA e os monopólios dos EUA são as grandes corporações no topo da nossa economia [que] estão sustentando um sistema global. Eles não estão realmente preocupados com a economia interna dos Estados Unidos."
Ainda segundo a avaliação de Maupin, isso é perigoso porque, à medida que o império americano se debate, vai acabar tomando medidas cada vez mais desesperadas para manter a sua hegemonia.
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"A administração Biden está tentando escalar cada um destes confrontos internacionais o mais rapidamente possível", disse Maupin, apontando como prova os conflitos na Ucrânia, no Oriente Médio e as crescentes tensões com a China. "Eles quase esperam poder jogar um jogo de blefe e chegar o mais perto possível da beira do precipício de um confronto direto, uma Terceira Guerra Mundial."

Maupin alertou que "temos cada vez mais um Ocidente liderado pelos Estados Unidos, o centro da aliança da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], que está tentando lembrar a todos quem um dia foram", acrescentando que o "tumulto" vindo dos EUA está sendo "forçado a se adaptar ao fato de que estamos tendo um mundo muito mais multipolar [e] que o mundo não estará centrado, economicamente falando, em torno de Wall Street e Londres por muito mais tempo", pontuou.
A Rússia e a China não querem uma Terceira Guerra Mundial, disse Maupin. Mas alertou que se uma guerra mundial começar, "todos sabem" que "a Rússia e a China vão vencer", acrescentando que as políticas agressivas dos EUA "não são de todo estratégicas para os Estados Unidos".
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