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Sem energia russa, dependência da UE do GNL dos EUA está repleta de riscos, diz mídia

© AP Photo / Martha IrvineUm pequeno veículo passa por uma rede de tubulações que constitui pedaços de uma "séquito" das instalações de exportação da Cameron GNL em Hackberry, Louisiana, EUA, em 31 de março de 2022
Um pequeno veículo passa por uma rede de tubulações que constitui pedaços de uma séquito das instalações de exportação da Cameron GNL em Hackberry, Louisiana, EUA, em 31 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2024
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As sanções do Ocidente contra a Rússia levaram, em particular, à interrupção do fornecimento de energia russa à Europa, bem como à expansão da influência dos EUA no que respeita ao gás natural liquefeito (GNL) no continente.
A crescente dependência da Europa do GNL dos EUA está "ficando mais arriscada a cada dia" em meio à decisão do presidente norte-americano Joe Biden de suspender a aprovação de novas licenças de exportação para o combustível, informou a Bloomberg.
A agência de notícias dos EUA alertou que, embora os EUA continuem sendo o "principal aliado da UE no G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido], com grande influência econômica e relativa estabilidade política, uma tão grande dependência, mesmo de uma nação amiga, traz riscos".

"A decisão da Europa de substituir o gás russo pelo GNL norte-americano [...], significa que a sua segurança energética continua dependente de fatores muito fora de seu controle, como a temporada de furacões no Atlântico ou o jogo político em Washington, DC", segundo a Bloomberg.

Agora, prosseguiu o meio de comunicação, os comerciantes de energia na Europa vão ter de levar em conta eventos que estão localizados a milhares de quilômetros de distância, incluindo interrupções nas usinas da costa do Golfo ou ondas de frio repentinas de Houston a Guangzhou, que "podem redesenhar o mapa de negociações lucrativas durante a noite."
A Bloomberg também cita o pesquisador associado sênior Ira Joseph, do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia, dizendo que a dependência europeia do GNL dos EUA crescerá ainda mais se "o gás russo não reaparecer e os catarianos decidirem não se envolver em uma guerra de preços por uma participação de mercado".
O navio-tanque Sun Arrows carrega gás natural liquefeito (GNL), do projeto Sakhalin-2, no porto de Prigorodnoe, na Rússia, 29 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2024
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"A vantagem para a Europa é um conjunto diversificado de fornecedores dos EUA. O risco é uma grande mudança na política dos EUA no futuro", destacou Joseph, em uma aparente referência ao possível fracasso do presidente Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2024 nos Estados Unidos.
No ano passado, Ditte Juul Jorgensen, diretora-geral de energia da Comissão Europeia, disse que a intenção da UE de diversificar o gás natural russo significa que será forçada a depender do GNL dos EUA nas próximas décadas.
Após a interrupção do fornecimento de gás russo em 2022 devido às sanções ocidentais a Moscou em função da operação militar especial da Rússia, a Europa viu-se a braços com contas de energia mais caras e uma inflação acelerada.
A Alemanha, por exemplo, importou 2,5 vezes menos gás entre janeiro e setembro de 2023 em comparação com o mesmo período de 2021, mas não conseguiu fazer quaisquer poupanças, uma vez que os preços também cresceram 2,5 vezes, de acordo com cálculos da Sputnik baseados em dados do serviço estatístico alemão.
Também no ano passado, o ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, disse à Sputnik que as exportações de GNL do país já aumentaram significativamente desde o início de 2023. "Existem compradores de GNL russo em todo o mundo. E estes não são apenas os nossos novos parceiros no Sudeste Asiático, mas também os consumidores europeus", sublinhou Shulginov.
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