DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Fóssil de anfíbio mais antigo que dinossauros no Brasil sugere conexão entre faunas gaúcha e russa

© Márcio Castro (arte) / Divulgação UnipampaRepresentação do anfíbio gigante Kwatisuchus rosai
Representação do anfíbio gigante Kwatisuchus rosai  - Sputnik Brasil, 1920, 23.01.2024
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Pesquisadores do Laboratório de Paleobiologia do Campus São Gabriel da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) anunciaram nesta semana a descoberta de um fóssil de anfíbio anterior aos dinossauros no sítio arqueológico de Rosário do Sul (RS). Espécie semelhante só havia sido descoberta na Rússia.
A nova espécie recebeu o nome de Kwatisuchus rosai — 'Kwati' em referência ao termo tupi para "focinho comprido" e 'rosai' em homenagem ao paleontólogo Átila Stock da Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pioneiro na área.
O fóssil do crânio dessa espécie de anfíbio gigante pode colocar em xeque a teoria da Pangeia, sobre os continentes serem um só bloco, de acordo com os paleontólogos envolvidos na pesquisa. A publicação diz que os cientistas ficaram surpresos com o fato de os parentes mais próximos de Kwatisuchus serem todos encontrados na Rússia. Essa semelhança mostra que as faunas brasileira e russa tinham uma intrigante conexão em um passado distante.
© Foto / Felipe Pinheiro / Divulgação UnipampaCrânio do anfíbio gigante Kwatisuchus rosai
Crânio do anfíbio gigante Kwatisuchus rosai - Sputnik Brasil, 1920, 23.01.2024
Crânio do anfíbio gigante Kwatisuchus rosai

"Naquele momento, os continentes estavam unidos em um supercontinente chamado Pangeia e a distância entre o Brasil e a Rússia era menor. Ainda assim, existiam barreiras. É incrível encontrar esse e outros animais que provavelmente conseguiram ultrapassar esses obstáculos" disse a ecóloga e paleontóloga Arielli Fabrício Machado, pesquisadora do projeto da Unipampa, feito em parceria com a universidade norte-americana de Harvard. "Suas similaridades com espécies russas instigam novos estudos para entender como essas conexões se deram."

A ossatura foi identificada em agosto de 2022, mas só recentemente, após limpeza, avaliação documental e coleta de dados e registros, os pesquisadores puderam concluir que o animal viveu há aproximadamente 250 milhões de anos.
Os estudiosos ressaltaram que no início do período Triássico, antes mesmo dos primeiros dinossauros, os anfíbios eram os animais dominantes nos ecossistemas.
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O estudo acaba de ser publicado na revista científica especializada The Anatomical Record. Além dos cientistas do Brasil, o trabalho contou com a participação de Tiago Simões, da Universidade de Princeton, e da paleontóloga Stephanie Pierce, da Universidade de Harvard.
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