Brasil: arrecadação federal passa de R$ 2,3 trilhões em 2023; houve queda de 0,12% em relação a 2022

As receitas federais brasileiras arrecadaram R$ 2.318.120.000.000 em 2023, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Receita Federal do Brasil.

Os valores anunciados fizeram com que essa fosse a segunda maior marca da série histórica, perdendo para 2022, quando ficou em R$ 2,360 trilhões. Em comparação com 2022, houve decréscimo de 0,12%, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os principais fatores que, em conjunto, contribuíram para o resultado de 2023 foram o desempenho da produção industrial, a massa salarial, o valor em dólar das importações e a venda de bens e serviços.

Em 2023, a receita previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 620,3 milhões, com crescimento real de 5%, puxado pelo crescimento real de 7,90% da massa salarial.

Ainda segundo a Receita Federal, houve crescimento de 32% nas compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18.

O PIS/Pasep e a Cofins apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de R$ 435.732.000, representando crescimento real de 2,40%. Já o IRRF-Rendimentos de Capital apresentou uma arrecadação de R$ 123.569.000, um aumento real de 21,60%.

Resultados de dezembro de 2023

Em dezembro de 2023, a arrecadação total das receitas federais atingiu o valor de R$ 231.225.000, registrando crescimento real (IPCA) de 5,15% em relação a dezembro de 2022.

Quanto às receitas administradas pela Receita Federal do Brasil, o valor arrecadado em dezembro de 2023 foi de mais de R$ 225 milhões, um acréscimo real (IPCA) de 5,48%.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, a arrecadação alcançou R$ 2.204.434, registrando um acréscimo real (IPCA) de 1,02%.

O resultado da arrecadação foi influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente do Imposto sobre a renda da pessoa jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), em 2022 e 2023.

A receita previdenciária alcançou uma arrecadação de pouco mais de R$ 79 milhões, um crescimento real de 2,92%. De acordo com a Receita, o resultado foi impulsionado pelo aumento real de 9,08% da massa salarial.

Houve ainda crescimento de 25% nas compensações tributárias com débitos de receita previdenciária. Já o IRRF-Rendimentos de Capital apresentou uma arrecadação de R$ 25.214.000, resultando em um crescimento real de 21,57%.

O PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 39.621.000, representando um crescimento real de 12,15%.