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Houthis prometem 'resposta forte' após novo ataque dos EUA; Europa se divide ante ação militar

© -Pessoas participam de um protesto nas ruas da cidade iemenita de Hudeida, no mar Vermelho, para condenar os ataques noturnos das forças americanas e britânicas em cidades controladas pelos houthi, em 12 de janeiro de 2024
Pessoas participam de um protesto nas ruas da cidade iemenita de Hudeida, no mar Vermelho, para condenar os ataques noturnos das forças americanas e britânicas em cidades controladas pelos houthi, em 12 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2024
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Neste sábado (13), a base naval de Hodeidah, no oeste do Iêmen, foi alvo de novo ataque por parte da coalizão dos EUA e os aliados, disse uma fonte à Sputnik. A investida feita ontem (12) visava um local de radar dos houthis, informou o Comando Central do Pentágono.
Os houthis ameaçaram dar uma "resposta forte e eficaz" depois que os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram outro ataque no Iêmen durante a noite de ontem (12).

"Este novo ataque terá uma resposta firme, forte e eficaz", disse o porta-voz dos houthis, Nasruldeen Amer, acrescentando que não houve feridos nem "danos materiais", segundo a agência Reuters.

Mohammed Abdulsalam, outro porta-voz do grupo, disse à mídia que os ataques, incluindo o que atingiu durante a noite uma base militar em Sanaa, não tiveram impacto significativo na capacidade do grupo de impedir que navios afiliados a Israel passassem pelo mar Vermelho e pelo mar da Arábia.
Os houthis dizem que a sua campanha marítima, a qual está em curso desde outubro, visa apoiar os palestinos sob cerco e ataque israelense na Faixa de Gaza. Na sexta-feira (12), centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Sanaa, entoando slogans denunciando Israel e os Estados Unidos.
Em um comunicado emitido na quinta-feira (11), Joe Biden, presidente dos EUA, disse que "os militares conduziram o ataque com sucesso" e que Washington não hesitará em tomar medidas adicionais para proteger o "fluxo livre do comércio internacional" na zona marítima, conforme noticiado.
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Europeus divididos

Apesar de contar com apoio britânico, os norte-americanos encontram uma Europa mais resistente para lidar com maior envolvimento com a situação. Por exemplo, Itália, Espanha e França não participaram das investidas.
Falando sob condição de anonimato, uma autoridade francesa disse à mídia que Paris temia que, ao aderir aos ataques liderados pelos EUA, tivesse perdido qualquer influência que tinha nas negociações para acalmar as tensões entre o Hezbollah e Israel.
A França concentrou grande parte da sua diplomacia nas últimas semanas em evitar uma escalada no Líbano.
A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, afirmou que a Espanha não aderiu à ação militar no mar Vermelho porque queria promover a paz na região: "Cada país tem de dar explicações pelas suas ações. A Espanha estará sempre comprometida com a paz e o diálogo", disse Robles aos jornalistas em Madri.
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O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, deixou clara a sua relutância em atacar os Houthis, dizendo à Reuters que a sua agressão tinha de ser interrompida sem desencadear uma nova guerra na região.
Antes dos ataques desses últimos dois dias, os Estados Unidos lançaram a Operação Prosperity Guardian – para proteger as embarcações que passam pela região – a qual também não teve plena adesão por parte dos europeus.
Itália, Espanha e França não aderiram à missão, não querendo colocar os seus navios de guerra sob o comando dos EUA.
A divergência realça as divisões no Ocidente sobre como lidar com os houthis, apoiados pelo Irã.
A crise do mar Vermelho contribuiu para a propagação do conflito no Oriente Médio desde que militantes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.
Tel Aviv respondeu devastando grandes áreas de Gaza para tentar aniquilar o Hamas. Um total de 23.843 palestinos foram mortos em ataques israelenses, informou o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado no sábado (13).
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