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Em rara divisão continental, África do Sul luta contra Marrocos para liderar órgão da ONU

© AP Photo / John MinchilloSímbolo da Organização das Nações Unidas (ONU) do lado de fora do Edifício do Secretariado, em Nova York, em 28 de fevereiro de 2022
Símbolo da Organização das Nações Unidas (ONU) do lado de fora do Edifício do Secretariado, em Nova York, em 28 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.01.2024
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África do Sul e Marrocos estão em desacordo sobre a presidência do principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) antes da votação, na quarta-feira (10), com Pretória dizendo que Rabat cometeu violações no Saara Ocidental e não tem credibilidade para conduzi-lo.
A rara disputa entre os países configurou a segunda vez, nos 17 anos de história do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que o órgão ficou sem presidente no início do ano, tendo que escolher o titular através de uma votação secreta, segundo a agência Reuters.
De acordo com a mídia, o Marrocos reivindica a soberania sobre o Saara Ocidental, onde a Frente Polisário, apoiada pela Argélia, procura a independência. Como parte de uma estratégia mais ampla, Rabat tem cortejado países, incluindo vizinhos africanos, para obter apoio às suas políticas para o antigo território espanhol.
No entanto a África do Sul não foi convencida, tanto que ajudou a organizar um evento para promover a autodeterminação do povo sarauí em Genebra, no ano passado.
O embaixador sul-africano das Nações Unidas em Genebra, Mxolisi Nkosi, disse à Reuters que o seu histórico de superação do apartheid e a sua reputação como construtor de pontes fazem dele um forte candidato à presidência. Em contrapartida, disse que Marrocos era a "antítese daquilo que o conselho representa".

"Para um país com todos esses desafios aspirar a ser o rosto do Conselho de Direitos Humanos, e Deus me livre se for eleito, isso destruirá qualquer fragmento de legitimidade que esse conselho alguma vez teve", afirmou.

O candidato marroquino, Omar Zniber, embaixador das Nações Unidas em Genebra, disse que Rabat recebeu o apoio da União Africana, meses atrás, como único candidato, que seu país era um cumpridor da lei e que havia feito progressos significativos em matéria de direitos humanos. Ele rejeitou as críticas às suas políticas no Saara Ocidental, chamando-as de "mentiras e propaganda".
O Conselho de Direitos Humanos da ONU se reúne várias vezes por ano em Genebra. É o único órgão global intergovernamental que protege os direitos humanos em todo o mundo, podendo aumentar o escrutínio dos registros de direitos humanos dos países e autorizar investigações.
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