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Bolsonaro diz que 8 de janeiro 'não foi golpe', mas sim 'uma armadilha da esquerda'

© Foto / Twitter / ReproduçãoBolsonaro
Bolsonaro - Sputnik Brasil, 1920, 06.01.2024
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Em meio a diversas entrevistas sobre as invasões em Brasília em 8 de janeiro do ano passado, o ex-presidente, Jair Bolsonaro, também se concedeu algumas declarações neste sábado (6).
O ex-presidente disse à CNN Brasil que os atos foram uma armadilha da esquerda e não configuram tentativa de golpe.

"Nós temos a certeza de que aquilo foi uma armadilha por parte da esquerda. Infelizmente, não foi para frente a investigação. Nem o próprio general [Gonçalves] Dias fez parte do corpo final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de janeiro [CPMI]. Então, a CPMI não serviu para absolutamente quase nada. Lamentável. Não é do pessoal que nos segue, que nos acompanha, pessoal bolsonarista, pessoas de direita, pessoal conservador nunca foi de fazer isso aí", afirmou Bolsonaro, sem apresentar provas acerca das falas.

O ex-mandatário condenou as depredações nos prédios dos Três Poderes, comentou sobre as prisões dos invasores, mas, em sua visão, as invasões não configuram golpe, especialmente porque 8 de janeiro do ano passado "foi um domingo".
"Para haver a tentativa [de golpe], tinha que ter uma pessoa à frente. Tudo que foi apurado não levantou nome algum. São suposições. Quem vai dar golpe com velhinhos, com pessoas idosas com bíblia debaixo do braço, com a bandeira na outra mão, com pessoas do povo, com vendedor de algodão-doce, com motorista de Uber, com menor de idade, com criança? Quem vai dar um golpe nesse sentido? E outra: foi em um domingo", afirmou.
Bolsonaro também disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para Araraquara naquele final de semana mesmo "tendo sido avisado por alguém do problema que ia ocorrer".
"Um golpe é contra um chefe de Estado, não é contra um ministro do Supremo, presidente da Câmara ou do Senado. É contra o chefe de Estado, que naquela manhã já havia ido para Araraquara — avisado por alguém do problema que ia ocorrer — e foi para Araraquara se encontrar com o prefeito do município […]."
Em entrevista também à mídia mais cedo, Lula disse que foi para o município do interior de São Paulo para ver "a destruição de um córrego por causa de uma tempestade que tinha acontecido" e que ficou sabendo das invasões pela televisão. Segundo o presidente, a decisão que ele tomou para enfrentar a tensão dos ataques "foi viajar para Brasília e vir visitar o Palácio do Planalto para ver o que eu ia encontrar aqui dentro".
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião Ministerial, no Palácio do Planalto. Brasília, 20 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 06.01.2024
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Por fim, o ex-presidente "lamentou as punições altíssimas que as pessoas sofreram" (que estavam presentes nas invasões) e disse que "elas não são culpadas".
"Lamentamos também as punições altíssimas que as pessoas sofreram. Até porque são culpadas, segundo o relator do Supremo Tribunal Federal [STF], de uma tentativa armada, de mudar o Estado democrático de direito. E nenhuma arma foi encontrada. […] Nem traficante fica 17 anos de prisão", completou o ex-presidente.
Até o momento, 30 manifestantes já foram condenados. Um contingente de 1.121 acusados aguarda a possibilidade de fazer um acordo de não persecução penal: em troca de terem seus processos suspensos, ficariam proibidos de interagir em redes sociais e teriam que usar tornozeleira eletrônica, segundo a revista Veja.
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