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Contra o financiamento de Israel, Sanders diz que 'resposta militar é desproporcional e imoral'

© AP Photo / Matt RourkeSenador americano Bernie Sanders
Senador americano Bernie Sanders - Sputnik Brasil, 1920, 03.01.2024
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O senador socialista democrata dos EUA não quer mais ajuda enviada ao governo "de direita" de Benjamin Netanyahu.
Israel não deveria receber US$ 10 bilhões (cerca de R$ 49,2 bilhões) em "ajuda militar incondicional" para travar uma "guerra brutal" contra os palestinos em Gaza, anunciou na terça-feira (2) o senador norte-americano Bernie Sanders. Sanders é um independente de Vermont, aliado dos democratas, que desafiou Hillary Clinton pela nomeação do partido em 2016.
Sanders fez um anúncio semelhante no mês passado, mas disse que seria apropriado "apoiar sistemas de defesa" que ajudariam Israel a se defender de ataques de foguetes e mísseis. No entanto, essa qualificação estava totalmente ausente da sua declaração de terça-feira, que descreveu o que está acontecendo em Gaza como uma "guerra brutal contra o povo palestino" levada a cabo pelo governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Embora reconheçamos que o bárbaro ataque terrorista do Hamas deu início a esta guerra, devemos também reconhecer que a resposta militar de Israel tem sido grosseiramente desproporcional, imoral e em violação do direito internacional", disse Sanders, que observou que Israel está usando "bombas dos EUA, projéteis de artilharia e outras formas de armamento" contra Gaza.

O senador destacou que "mais de 22 mil palestinos foram mortos" e outros 57 mil foram feridos por ataques israelenses desde 7 de outubro, enquanto cerca de 70% de Gaza foi destruída ou danificada e 85% da sua população total já foi deslocada.
"Não podemos permitir que isto continue", disse o senador judeu de 82 anos. "Os contribuintes dos Estados Unidos não devem mais ser cúmplices na destruição das vidas de homens, mulheres e crianças inocentes em Gaza."
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Os seus comentários surgem no momento em que o Departamento de Estado dos EUA denuncia as declarações feitas por dois importantes aliados de Netanyahu, apelando ao deslocamento permanente dos palestinos que vivem em Gaza, como "inflamatórias e irresponsáveis".
A política oficial de Washington apela ao estabelecimento de um Estado palestino e que Gaza seja administrada pela Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia. O governo Netanyahu rejeitou ambas as propostas.
A Casa Branca incluiu financiamento para Israel no seu pedido de despesas de emergência de segurança nacional de US$ 106 bilhões (aproximadamente R$ 521,9 bilhões) em outubro, agrupando-o com mais de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 295,4 bilhões) em ajuda militar para a Ucrânia e outras questões. O pedido foi repetidamente rejeitado pelos republicanos na Câmara e no Senado. Os republicanos da Câmara aprovaram um projeto de lei separado de ajuda a Israel no valor de US$ 14 bilhões (mais de R$ 68,9 bilhões), que os democratas do Senado bloquearam.
Na semana passada, o Departamento de Estado aprovou a entrega de US$ 147,5 milhões (cerca de R$ 726,2 milhões) em projéteis de artilharia de 155 mm a Israel, ignorando a aprovação do Congresso ao citar uma emergência nacional.
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