'Unilateralmente é inaceitável': deputado da Duma critica os EUA por reivindicar áreas no Ártico

Nikolai Kharitonov afirma que expansão das fronteiras na região deve ser submetida a análises e não pode ser feita unilateralmente.

O chefe do Comitê Estatal da Duma sobre o Ártico, Nikolai Kharitonov, afirmou que a intenção dos Estados Unidos de expandir suas fronteiras no Ártico, tomada unilateralmente, é inaceitável e pode levar ao aumento de tensão. As declarações foram dadas neste domingo (24).

"A expansão unilateral das fronteiras no Ártico é inaceitável e só pode levar ao aumento da tensão. É necessário, antes de tudo, provar a identidade geológica desses territórios, como a Rússia fez no seu tempo", disse Kharitonov.

Ele acrescentou que análises reuniram uma boa base de evidências sobre as fronteiras russas na região, e que essas evidências foram levadas posteriormente a um subcomitê da Organização das Nações Unidas (ONU). O deputado destacou ainda que "os Estados Unidos não ratificaram a convenção sobre o direito do mar".

Na sexta-feira (22), foi noticiado que os Estados Unidos anunciaram a expansão da sua própria parte da plataforma continental no Ártico.

A chamada Plataforma Continental Estendida (ECS, na sigla em inglês) abrange cerca de um milhão de quilômetros quadrados, predominantemente a oeste, no Ártico, e no mar de Bering, uma área de crescente importância estratégica entre os oceanos Ártico e Pacifico, onde o Canadá e a Rússia também têm reivindicações. Essa área totaliza 520.400 km², mais da metade dos territórios reclamados.