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UNICEF: 19 mil crianças foram deslocadas para o sul de Gaza, ninguém sabe se seus pais estão vivos

© AP Photo / Fatima ShbairFumaça sobe após bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, 20 de dezembro de 2023
Fumaça sobe após bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, 20 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.12.2023
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Um representante regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância relatou a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza, que afeta não só os moradores, mas também as tentativas de os resgatar.
A catástrofe humanitária na Faixa de Gaza pode tirar a vida de mais crianças do que os bombardeios, atualmente há um total de 19.000 menores palestinos desacompanhados no território, disse Ammar Ammar, representante regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), à Sputnik.
"Estamos extremamente preocupados com a situação catastrófica em Gaza e seu impacto direto sobre as crianças da Faixa, [já que] as restrições impostas ao processo de entrega de ajuda humanitária, a falta de água potável e a crise no setor médico são fatores-chave que levam à sua morte", contou ele.

"Tudo isso está tirando a vida de muitas crianças no enclave, e o número pode acabar sendo muitas vezes superior ao número de crianças mortas nos bombardeios", referiu, acrescentando que não se sabe o paradeiro de muitos dos pais.

O representante referiu que o UNICEF "está trabalhando arduamente para distribuir combustível, água potável, itens de higiene pessoal, etc". No entanto, adverte, a quantidade é insuficiente e os bombardeios dificultam a entrega em algumas áreas.
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Ammar explicou que, mesmo com todas as dificuldades, o apoio do UNICEF aos menores que perderam suas famílias "está no centro de suas prioridades", e que a ONU foi a primeira a "soar o alarme" sobre a gravidade da situação humanitária em Gaza.

"Foi a primeira a dizer que a Faixa de Gaza se tornou um cemitério de crianças, e sua diretora-executiva [Catherine Russell] invocou o Artigo 99 para chegar a uma solução que acabe com essa guerra", lembrou.

"A comunidade internacional tem a responsabilidade moral e a obrigação de exigir um cessar-fogo e fornecer a assistência humanitária necessária para que a população civil palestina possa sobreviver", sublinhou Ammar Ammar.
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