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População de língua russa está sendo cada vez mais perseguida na Ucrânia, admite revista dos EUA

© Sputnik / Dimitry MakeevEm Armyansk, na fronteira entre Rússia e Ucrânia na região da Crimeia, refugiados de Kherson deixam o território ucraniano com suporte de militares russos. Ucrânia, 12 de março de 2022
Em Armyansk, na fronteira entre Rússia e Ucrânia na região da Crimeia, refugiados de Kherson deixam o território ucraniano com suporte de militares russos. Ucrânia, 12 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2023
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As liberdades de religião, de imprensa e de falar o idioma russo estão sendo sistematicamente violadas na Ucrânia, denunciou o professor de ciência política da Universidade de Rhode Island, Nikolai Petro, em um artigo intitulado "A Ucrânia enfrenta problemas com os direitos civis", divulgado nesta segunda-feira (18) na revista Foreign Policy.
O autor afirma no texto que, com o fim da União Soviética, os cidadãos de origem russa deixaram de ser considerados população nativa ou mesmo minoria nacional, o que vai contra o artigo 10 da Constituição da Ucrânia.
"A tensão em torno dos direitos das minorias só tende a aumentar após o fim do conflito", destacou ele.
Desde o início do conflito, a liberdade religiosa na Ucrânia sofreu uma forte repressão, sobretudo a Igreja Ortodoxa russa, segundo ele, "vista em Kiev como agente de influência russa".
O professor alerta ainda que o conselho criado em março pelo governo passou a fiscalizar o conteúdo dos meios de comunicação locais antes da publicação e proibir o que considera ameaça à nação, além de emitir diretrizes obrigatórias sobre a censura do idioma russo.
Em 2024, os poderes do conselho sobre o uso da língua na mídia estão programados para se expandir ainda mais.

"A partir de janeiro, a porcentagem mínima de língua ucraniana na televisão aumentará de 75% para 90%. Em julho, o uso de línguas não ucranianas na televisão será proibido totalmente em certos contextos. Essa lei tem sido fortemente criticada por grupos de jornalistas", expõe o autor.

Petro acrescenta que embora a maioria dessas leis restritivas tenha sido proposta muito antes de 2022, desde o início do conflito com a Rússia, sua implementação foi acelerada para impulsionar o "que os nacionalistas chamam de nova era pós-colonial na história ucraniana. Esse processo de transição provavelmente será longo, dispendioso e perigoso", resume o especialista.
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Em outubro, o Legislativo ucraniano aprovou o projeto de Lei nº 8371, que proíbe organizações associadas à Rússia, inclusive a Igreja Ortodoxa ucraniana canônica.
O projeto de lei proíbe as atividades de "organizações religiosas associadas à Rússia". O governo do presidente Vladimir Zelensky considera que a Igreja Ortodoxa ucraniana se enquadra nessa definição, uma vez que mantém comunhão com o Patriarcado de Moscou da Igreja Ortodoxa russa.
Petro relembra no artigo que após o golpe de Estado de 2014, as autoridades de Kiev começaram a combater não apenas a história soviética, mas tudo relacionado à Rússia e à língua russa. Em 2019, o Parlamento (Rada Suprema) aprovou a lei "sobre a garantia do funcionamento da língua ucraniana como língua estatal".
Como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, as autoridades ucranianas seguiram por muitos anos uma política antirrussa agressiva e de assimilação forçada, mas organizações internacionais têm ignorado a discriminação das minorias étnicas, especialmente em relação aos russos.
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