Ucrânia está sendo usada como 'cordeiro sacrificial' pelos interesses dos EUA, diz professor

Na sexta-feira (15), o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, impediu que a União Europeia (UE) aprovasse um pacote de ajuda de € 50 bilhões (R$ 269 bilhões) para a Ucrânia, mesmo após permitir o avanço de uma votação para abrir negociações de adesão da Ucrânia ao bloco europeu.

A reprovação veio depois que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky não conseguiu convencer os parlamentares em Washington a aprovar um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões (R$ 300 bilhões) que o presidente dos EUA, Joe Biden, tem pressionado o Congresso a aprovar.

Kenneth Hammond, escritor e professor de História Mundial e História do Leste Asiático na Universidade do Novo México, disse à Sputnik que a falha em garantir ajuda significa que "Zelensky está em apuros", e que "a Ucrânia não está procedendo da maneira que [...] os líderes políticos da Europa Ocidental e dos EUA haviam falado quando tudo isso começou há alguns anos".

Em vez de vencer, os EUA e a OTAN estão simplesmente tentando prolongar o conflito na Ucrânia o maior tempo possível em uma tentativa de enfraquecer a Rússia no cenário mundial, acrescentou Hammond.

"O que eles fazem é apenas arrastar [o conflito] mais, mais e mais, permitindo à Ucrânia ser o cordeiro sacrificial pelos interesses da política dos EUA", explicou.

Hammond observa que o equipamento militar enviado pelos EUA e pela OTAN nunca será suficiente para derrotar a Rússia.

No início deste mês, a Casa Branca disse aos parlamentares no Congresso que, sem outro pacote de assistência, os EUA teriam que parar de fornecer armas à Ucrânia até o final do ano.