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Venezuela e Guiana buscam solução pacífica para disputa territorial sobre o Essequibo

© Foto / Presidente da VenezuelaPresidente Nicolás Maduro faz discurso após encontro com seu homólogo da Guiana Irfaan Ali, 14 de dezembro de 2023
Presidente Nicolás Maduro faz discurso após encontro com seu homólogo da Guiana Irfaan Ali, 14 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.12.2023
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Em mesa de diálogo realizada em São Vicente e Granadinas, governos de Venezuela e Guiana anunciaram nesta quinta-feira (14) sua intenção de resolver a disputa territorial sobre o Essequibo, região de 159 mil quilômetros quadrados, conforme mecanismos internacionais e o acordo de Genebra de 1966, que prevê uma disputa pacífica.
O comunicado conjunto transmitido pela Venezolana de Televisión detalhou que as partes concordaram em resolver qualquer disputa entre os dois Estados conforme o direito internacional, incluindo o Acordo de Genebra assinado em 17 de fevereiro de 1966.
O encontro de alto nível entre os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Irfaan Ali, da Guiana, foi uma resposta à proposta de diálogo feita pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo primeiro-ministro de Granada, Ralph Gonsalves.
Como resultado da reunião, os líderes se comprometeram a evitar ações que intensifiquem o conflito, destacando a importância de diálogo contínuo para abordar questões pendentes e de mútuo interesse.
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Uma comissão conjunta com os chanceleres foi estabelecida para dar continuidade ao acordo, com a obrigação de apresentar uma avaliação aos líderes em três meses, marcando o prazo para a próxima reunião.
Em 5 de dezembro, Maduro anunciou medidas no território disputado após um referendo consultivo que obteve 10,5 milhões de votos. Estas incluíram a lei orgânica para a criação da Guiana Essequiba, a criação da Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba e a publicação de um novo mapa da Venezuela.
As decisões foram uma resposta à Guiana, que licitou blocos petrolíferos em território não delimitado.
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A Guiana, por sua vez, afirmou seu compromisso com o processo e procedimentos do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) para a resolução da disputa fronteiriça. Contudo, a Venezuela expressou falta de consentimento e reconhecimento para tal abordagem.
A disputa pela soberania da região de Essequibo, com grandes reservas de petróleo, persiste há mais de 100 anos. Em 2018, a Guiana apresentou uma ação perante o CIJ, buscando validar a sentença arbitral de 1899 que lhe confere controle absoluto sobre o território.
Empresas como ExxonMobil, TotalEnergies e China National Offshore Oil Corporation têm contratos bilionários de perfuração na região.
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