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França articula acordo bilionário para setor nuclear do Brasil visando exportação de urânio

© Folhapress / Rafael AndradeUsinas de energia nuclear Angra 1 e Angra 2, na praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro. O complexo nuclear da região vai crescer com a conclusão da usina de Angra 3
Usinas de energia nuclear Angra 1 e Angra 2, na praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro. O complexo nuclear da região vai crescer com a conclusão da usina de Angra 3 - Sputnik Brasil, 1920, 15.12.2023
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Dentro do acordo, está prevista a modernização e a continuidade das obras nas usinas de Angra 1 e Angra 3, assim como o investimento em áreas como medicina nuclear, irradiação na agricultura e intercâmbio científico.
Na quarta-feira (13), o embaixador francês, Emmanuel Lenain, teve um almoço em Brasília com o presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologias e Atividades Nucleares (FPN), o deputado Júlio Lopes (Progressistas), para dizer que a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) estaria disposta a financiar o desenvolvimento do plano nuclear brasileiro.
A proposta é que o crédito gire em torno de 3 bilhões de euros (R$ 16,4 bilhões) caso instrumentalize o empréstimo com a exploração e a exportação de urânio, segundo a revista Veja.
Lopes esteve na World Nuclear Exhibition 2023, em Paris, e de lá voou para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP-28), nos Emirados Árabes Unidos. No evento, abordou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse: "Não pude deixar de enfatizar a importância do Brasil em investir na questão da exportação de urânio. São bilhões de dólares e oportunidades que podemos ganhar com isso."
O deputado também conversou sobre o assunto com o chanceler Mauro Vieira. A ideia é que tudo esteja pronto para o presidente francês, Emmanuel Macron, assinar em março, quando vem ao Rio de Janeiro em visita oficial já anunciada.
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Ainda de acordo com a revista, durante o almoço com o deputado, Lenain, impressionado com o potencial do Brasil de ter a quinta maior reserva de urânio do mundo, questionou o parlamentar: "Qual a razão de ainda não ter exportado toda essa riqueza?"
A ação mais importante seria a modernização e a finalização das obras nas usinas de Angra 1 e Angra 3, em Angra dos Reis. Angra 3 já está há mais de uma década parada. Nas contas de Júlio Lopes, a usina parada custa cerca de R$ 15 bilhões para que não vaze nenhum material radioativo. Para terminar o investimento, R$ 20 bilhões seriam necessários.
Outro setor abarcado pelo acordo seria a ampliação dos moldes do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) — parceria entre o Brasil e a França que desenvolve submarinos de propulsão nuclear — e de outras áreas, como medicina nuclear, irradiação na agricultura e intercâmbio científico.
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