EUA testaram no Ártico com sucesso a rede de satélites Starlink, escreve mídia

As Forças Armadas dos EUA concluíram há meio ano testes de funcionamento da rede de satélites do bilionário Elon Musk, escreve a Bloomberg, que acrescentou que o funcionamento da britânica OneWeb também está sendo avaliado.

A rede de comunicações por satélites Starlink da SpaceX concluiu com sucesso os testes no Ártico realizados pelos militares dos EUA, informou na quinta-feira (7) a agência norte-americana Bloomberg.

A Starlink é uma rede de satélites projetada para fornecer acesso à Internet de banda larga em qualquer lugar do planeta. Atualmente, há cerca de 4.200 satélites em órbita pertencentes à empresa norte-americana dirigida pelo bilionário e empreendedor Elon Musk.

De acordo com Brian Beal, engenheiro-chefe da Diretoria de Capacidades Integradas do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, os testes de desempenho da Starlink provaram que ela é um "sistema de comunicações confiável e de alto desempenho no Ártico, incluindo aplicativos móveis".

Os testes da Starlink pelas Forças Armadas dos EUA, que não foram relatados anteriormente, foram os primeiros do gênero, e aconteceram entre setembro de 2022 e junho de 2023. De acordo com Beal, eles avaliaram a utilidade da Starlink para as necessidades do Pentágono.

"Testamos com ventos muito fortes e temperaturas muito baixas", relatou o engenheiro-chefe.

"Tudo correu sem problemas. Depois que fixamos os terminais com segurança para suportar os ventos fortes, eles funcionaram bem, sem problemas", disse ele.

Conforme notou a Bloomberg, os testes podem abrir a porta para que Musk aprofunde os laços com o Pentágono "em uma importante região de concorrência com a Rússia e a China". A Starlink tem o potencial de "se tornar um recurso decisivo no Ártico", já que o clima rigoroso e a distância da região limitam as comunicações por meio dos satélites militares existentes.

Brian Beal revelou ainda que a Força Aérea dos EUA está testando atualmente no Ártico a rede de satélites britânica OneWeb, e os testes devem continuar por mais alguns meses.