Rússia: renda real da população cresce 5,1% no terceiro trimestre

Os rendimentos da população da Federação da Rússia tiveram uma alta de 5,1% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo governo nesta quarta-feira (6).

Além do crescimento da renda, a taxa de desemprego no país atingiu o menor índice da história: 2,9%. "Atualmente a situação no mercado de trabalho é excepcionalmente favorável para os candidatos", acrescentou o diretor-geral do Instituto de Pesquisa do Trabalho, Dmitry Platigin.

Em setembro, a média salarial dos trabalhadores russos teve alta real de 7,2%, quando comparada com a do mesmo mês de 2022.

"Isso se reflete na dinâmica dos rendimentos reais disponíveis da população. No terceiro trimestre houve um aumento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado", pontuou.

O cenário do mercado de trabalho no país, segundo o diretor-geral, contribui com a redução dos níveis de pobreza e é a principal fonte de bem-estar das famílias russas. Um dos efeitos, conforme Platigin, é o crescimento do consumo da população, o que contribui com a economia russa.

Taxa de pobreza

Dados do instituto mostraram que a taxa de pobreza na Rússia no terceiro trimestre ficou em 10,2%, número 0,3 ponto percentual inferior ao do mesmo período do ano passado. "Na estrutura geral dos rendimentos da população, mais de 20% são provenientes de benefícios sociais. Além disso, na estrutura dos rendimentos dos cidadãos menos favorecidos, a assistência social desempenha um papel ainda mais significativo", pontuou.

Desde o início do ano, foram destinados mais de 1 trilhão de rublos (R$ 52,8 bilhões) através do subsídio único, um benefício social concedido para famílias com crianças.

"O subsídio único é recebido por pais de 10,5 milhões de crianças e mais de 350 mil mulheres grávidas, sendo que 7,5 milhões deles recebem esse apoio na íntegra, correspondendo a 100% do salário mínimo — cerca de 14,9 mil rublos (R$ 787) por criança. Além disso, desde o início do ano, foram celebrados mais de 209 mil contratos sociais, abrangendo um total de 615,6 mil pessoas", informou o instituto.